VÔLEI

Vôlei: quem é Ana Rüdiger, nova ponteira do Minas que brilhou pelo Brasil?

Ponteira de 22 anos, Ana Rüdiger esteve no vôlei japonês em 2024/25 e retorna ao Brasil após brilhar pela Seleção e fechar com o Minas

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Não falta confiança logo diante do maior desafio da carreira. Cria do Barueri e com passagem discreta pelo vôlei japonês, Ana Rüdiger foi anunciada pelo Minas Tênis Clube nesse sábado (16/8), no dia seguinte ao encerramento de uma temporada de seleções em que brilhou. A ponteira de 22 anos foi medalhista de ouro do Pan-Americano Júnior e desembarcará em Minas Gerais nos próximos dias com moral. Veja abaixo mais detalhes da carreira da paranaense.

E foi justamente por causa dos jogos em Assunção que Ana Rüdiger não esteve na apresentação do Minas. Mesmo assim, a jogadora foi anunciada na cerimônia realizada na Rua da Bahia, ao lado do Minas I, no evento gratuito “Minas na Rua”, e é aguardada na Arena UniBH nos próximos dias para iniciar os treinamentos sob comando do técnico italiano Lorenzo Pintus.

“Fiquei extremamente feliz com a oportunidade de poder fazer parte de um time tão importante e com tradição no voleibol brasileiro. Acredito que vai ser uma temporada de muito aprendizado e evolução ao lado de jogadoras e membros da comissão técnica excepcionais”, disse Ana, por meio da assessoria minas-tenista.

A carreira de Ana Rüdiger, nova ponteira do Minas

Nascida em Maripá, no Paraná, em 2 de janeiro de 2003, Ana Rüdiger começou na escolinha de vôlei na cidade natal e depois rumou ao vôlei de Palotina, antes de passar por Marechal Cândido Rondon. A trajetória nas cidades paranaenses se encerrou em 2021, quando fechou com o Barueri.

Em um dos anúncios da equipe paulista relacionados à atleta, foi divulgado como ela se inseriu no vôlei: “Sua trajetória no vôlei começou com uma busca para se manter ocupada durante o período de estudos. Ela experimentou diversas oficinas esportivas, até que o vôlei surgiu como a sua verdadeira paixão. Após receber uma bolsa de estudos em uma cidade vizinha para jogar no colégio, Ana se dedicou totalmente ao vôlei, enxergando ali uma oportunidade para sua vida. Desde então, ela vem se destacando”.

Esse início inusitado levou à base de um dos clubes que mais revelam atletas promissoras no país, e ela rapidamente chamou a atenção no exterior. Após disputar a Superliga em 2023/24, Ana Rüdiger foi contratada pelo Victorina Himeji, rumando ao Japão para a disputa de torneios bem distantes do Brasil – terminou em sexto na Liga Japonesa.

Mesmo assim, a ponteira de 1,86m de altura não perdeu prestígio, visto que seguiu no radar dos clubes mais poderosos do vôlei brasileiro, como o Minas, e segue nas seleções de base. E a história de Ana Rüdiger com a camisa verde-amarela passa longe de ser recente.

Como é a trajetória de Ana Rüdiger na Seleção?

A contratação do Minas passou por diversas categorias da Seleção Brasileira Feminina de Vôlei e, recentemente, brilhou pelo time sub-23. Mas, por exemplo, em 2019, Ana disputou competições pelo Brasil com Júlia Kudiess, Ana Cristina e Marcelle, pilares da Seleção principal hoje em dia.

Na atual temporada de seleções, Ana Rüdiger conquistou duas medalhas e duas premiações individuais nas duas competições disputadas. Na Copa América, no início de julho, o Brasil foi bronze, e a atleta foi a segunda melhor ponteira do torneio. Essa mesmo honraria individual foi dada à contratação do Minas após a medalha de ouro no Pan-Americano Júnior, na sexta-feira (15/8).

Nas cinco partidas do Pan-Americano, Ana marcou 36 pontos – 33 de ataque, dois bloqueios e um ace – e foi a 13ª maior pontuadora da competição, sendo a segunda do Brasil – atrás apenas da central Juju, com 40. O prêmio de segunda melhor ponteira para Rüdiger foi dado pelo aproveitamento de 53,2% nos ataques – tentou 62 vezes e marcou 33 vezes.

Como Ana Rüdiger foi no Japão?

A primeira e até então única temporada de Ana Rüdiger no exterior não teve um grande protagonismo da jovem de 22 anos. Ela até chegou a disputar várias partidas na SV League – foram 36 de 46 (78,2%) -, mas era apenas acionada durante boa parte das partidas do Victorina Himeji, tanto que jogou 74 sets e marcou 114 vezes, deixando o Japão com uma média de apenas 3,16 pontos por partida.

Dessas 114 bolas cravadas, 97 foram de ataque, o que corresponde a 85%. Já as outras formas em que a nova contratação do Minas fez pontos foram em 13 bloqueios corretos e quatro saques que se tornaram aces.

O aproveitamento de Ana Rüdiger no ataque, em toda a participação na Liga do Japão, foi de 32,7%, enquanto teve números superiores na defesa. A ponteira obteve 53,3% de sucesso nas recepções durante a passagem no Victorina Himeji.

As ponteiras protagonizam disputa mais indefinida do Minas

Apesar de estar passando por uma grande reformulação – oito atletas foram mantidas, enquanto seis reforços e o técnico chegaram -, o Minas tem um provável time. Por exemplo, a dupla de centrais Thaisa e Júlia Kudiess é a base da escalação, enquanto Nyeme tende a retomar a titularidade absoluta – a líbero se afastou do vôlei para ter a filha Antonella, que nasceu em 2 de maio.

Já as posições de oposta e levantadora passarão pela adaptação das estrangeiras, mas a russa Maria Khaletskaya e a polonesa Julia Nowicka foram investimentos que o Minas fez para tomar conta das respectivas funções.

Até por isso, a posição mais indefinida do Minas são justamente as ponteiras. Depois das saídas de Celeste Plak e Yonkaira Peña, Pri Daroit e Glayce Kelly seguem no time e disputarão as duas vagas no time de Lorenzo Pintus com Ana Rüdiger e a canadense Hilary Johnson (Howe).

Talvez seja uma das disputas mais abertas do elenco. Bom para o Minas, que terá em quadra quem estiver em um momento melhor.

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