A ex-oposta da Seleção Brasileira Feminina de Vôlei Sheilla relembrou momentos da relação com o treinador José Roberto Guimarães.
Zé Roberto é técnico da equipe desde 2003 e comandou Sheilla durante praticamente toda a passagem dela pela Seleção.
Ao falar sobre o treinador, Sheilla afirmou que se dá bem com ele até hoje, mas assumiu que a dupla viveu momentos de tensão.
“Amor e ódio. Hoje em dia é mais amor. O Zé sabe disso. No começo, a gente não falava nada. Abaixava a cabeça. Depois chega uma época em que a gente começa a falar mais. Porque passa a conhecer mais um ao outro”, disse, em entrevista ao canal Flow Sport Club.
A bicampeã olímpica revelou que, em um determinado momento, evitava até interagir com o técnico.
“Teve um ano que eu não olhava na cara do Zé Roberto. Eu falo ‘gente, o que é isso? É imaturidade da minha parte’. Provavelmente. Mas ele era mais velho já”, adicionou.
Sheilla destacou que conversa com Zé Roberto com frequência e brincou que só não foi cortada da Seleção Brasileira por causa do bom desempenho em quadra.
“Desde de sempre tive uma relação muito boa (com Zé Roberto). Amo o Zé e a família dele. Estou sempre com ele. A gente troca mensagens sempre. Temos grupos juntos. Mas lembro que antes de 2007 passei o ano sem dar bom dia para o Zé Roberto. Ele só não me cortou porque eu jogava bem. Ele colocava muita pressão, mas era o momento de ele colocar”, afirmou.
A ex-jogadora ainda contou que chegou a se irritar ao ser criticada pelo treinador durante uma partida.
“Lembro uma vez que errei alguma coisa e ele virou para o banco e disse ‘Nossa, desaprendeu a jogar’. Ele falou baixinho, não sei se falou para eu não escutar. Falei ‘Filho da mãe”. A nossa geração lidava bem com isso (críticas dos técnicos)”, comentou.
Sheilla pela Seleção Brasileira Feminina de Vôlei
Sheilla é uma das maiores jogadoras da história do vôlei feminino.
Ela encerrou a carreira em 2022 com uma coleção de títulos.
Pela Seleção Brasileira, além dos ouros olímpicos em 2008 e 2012, Sheilla coleciona três medalhas em mundiais (duas pratas e um bronze), sete ouros em Grand Prix e duas taças da Copa dos Campeões.
