VÔLEI

Filho de Giba, do vôlei, joga futebol e reforça base de grande clube brasileiro

Patrick, de 16 anos, compartilha com o pai a paixão pelo esporte - porém, o amor pelo futebol falou mais alto; nesta segunda (28/7), inicia a trajetória no Athletico-PR

“Filho de peixe, peixinho é”. Esse é um antigo dito popular que significa que o filho segue os passos do pai, como exemplo, para escolher o que fazer no futuro. Ou seja, o descendente tem como espelho seguir a profissão do pai. É o que acontece com o ex-jogador de vôlei e campeão olímpico Giba, de 48 anos, cujo filho, Patrick, de 16, também é atleta.

Na verdade, Patrick não escolheu o mesmo esporte do pai, o vôlei, mas sim o futebol. Nesta segunda-feira (28/7), ele se apresenta à base do Athletico-PR.

Não se pode esquecer que ele tem pedigree de sobra, pois não é só o pai que seguiu o esporte, mas também a mãe, a ex-oposta romena Cristina Pirv. Giba e Pirv foram casados por nove anos. Antes dele, nasceu sua irmã, Nicoll. E tem mais uma irmã, Brianna, de quatro anos, fruto do segundo casamento do pai, com Maria Luiza Daudt.

Patrick tem uma história curiosa. O pai imaginava que o filho também seria jogador de vôlei. “Sempre foi o que meu pai quis. Ele me incentivava, desde os quatro anos. Ele me ensinava, desde sempre. Confesso que tenho uma paixão também pelo vôlei, pois gosto de me divertir jogado a modalidade, só que o futebol fala mais alto”, conta Patrick ao No Ataque.

Zagueiro, Patrick diz que desde pequeno achava estranho o fato de que todos os colegas iam jogar futebol, enquanto ele ia para o vôlei. Foi aí que decidiu seguir a maioria. “Com quatro anos, já era goleiro. Pouco tempo depois, virei atacante. Mas depois dos 12 anos foi que decidi ser zagueiro. Mudei de vez”.

Ele conta que “explodiu” quando escolher jogar nessa posição, na Romênia. Patrick estudou no Brasil, depois foi para o país da mãe e, curiosamente, foi lá onde aprimorou as habilidades futebolísticas.

O fato de ser filho de Giba, um brasileiro, e Pirv, uma romena, fez com que Patrick se revezasse entre os dois países. Mora um tempo aqui e outro lá, na Transilvânia, sempre estudando. “Não prejudica o aprendizado, pelo contrário”. Patrick fala, hoje, cinco idiomas: português, inglês, romeno, italiano e espanhol.

“Do time da escola, fui convidado para jogar no Fotbal Club CFR 1907 Cluj, ou simplesmente CFR. Fui reserva do time, que era o 14º colocado do Campeonato Romeno de 14 anos”, conta, lembrando que o time era da Transilvânia, a terra da mãe.

Aos poucos, Patrick ganhou a condição de titular e suas atuações chamaram a atenção dos dirigentes do Viitorul, o time campeão, que decidiu contratá-lo.

Logo depois, mudou-se para Modena, na Itália, onde a mãe foi trabalhar. Lá, jogava no time da cidade, o Modena, até recentemente. “Eu estava no último ano do curso médio, que aqui corresponde ao ensino médio. Agora vou terminar os estudos no Brasil, em Curitiba”.

A ida para o Athletico-PR se dá graças graças a um diretor do |clube, conhecido como “Dida”, que o viu jogar em Curitiba e sabia que ele estava no Modena. “Ele me convidou. Conversou com meu pai e me apresentarei na segunda-feira. É um sonho, quero muito”.

Patrick diz que está ansioso para entrar em campo. E que também vai estudar. Quer terminar o ensino médio brasileiro, o que aliás, é tão prioridade quanto o futebol. “Sempre fui apaixonado pelo futebol e comecei a jogar cedo. Mas também quero estudar, é importante.”

Incentivo

O pai Giba está empolgado. Conta que sempre quis os filhos ligados ao esporte. “É importante. Sempre falei para que fizessem esporte. Na escola, sempre incentivei. Gostaria que fosse o vôlei, mas não tem importância se o futebol é esse caminho. O esporte é um caminho do bem. Considero que isso é o que importa”.

Patrick diz que a mãe também sempre o incentivou, mesmo não sendo o esporte dela e do pai. “Ela sempre me apoiou, tanto quando comecei, quando fui para o Viitorul e depois para o Modena. Quero vencer no esporte, assim como meus pais”.

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