Bicampeã olímpica de vôlei, a ex-ponteira Jaqueline Carvalho entrou com um processo contra o Campinas Vôlei, clube fundado por Tandara Caixeta – que também jogou na Seleção Brasileira. Outras atletas também entraram com a ação.
Em 2023, o Instituto Tandara fundou o clube, que disputou o Campeonato Paulista e disputaria a Superliga Feminina C naquele ano. Entretanto, o Campinas Vôlei encerrou as atividades após o estadual por falta de pagamento de salários e outros problemas financeiros.
Marido de Tandara, Cleber de Oliveira era presidente e gestor do clube. Agora, as atletas entraram na Justiça para cobrar os direitos trabalhistas que não receberam.
O maior valor é o pedido por Jaqueline, que cobra indenização de R$ 2,8 milhões, entre multas, direitos de imagem, FGTS e INSS e danos morais. A levantadora Fabíola pede indenização de R$ 504 mil e a central Saraelen espera receber R$ 144 mil.
Fim do Campinas Vôlei
O Campinas foi fundado em julho de 2023 com planejamento ousado, incluindo a promessa de vencer o Mundial em quatro anos.
Para a disputa do Campeonato Paulista e da Superliga C, o clube fez contratações de peso, como as ponteiras Jaqueline e Mari Paraíba e a levantadora Fabíola.
Contudo, três meses depois da fundação, o Campinas entrou em crise financeira pela falta de patrocinadores e abriu mão da disputa da Superliga C.
Sem perspectiva de mudança na situação, o clube liberou todas as atletas, incluindo Jaqueline, que fez apenas um jogo pela equipe paulista.
A atleta havia abandonado a aposentadoria do vôlei para fechar com o clube. Ela tinha ficado dois anos longe das quadras, após anunciar pausa na carreira.