O objetivo inicial do Mackenzie para a Superliga Feminina de vôlei 2024/2025 já foi cumprido: garantir a permanência na elite. O tradicional clube mineiro retornou à Primeira Divisão nesta temporada após 12 anos fora. Nesta sexta-feira (21/3), data da 22ª e última rodada da fase inicial competição, a equipe sonha com ultrapassar a meta e garantir vaga nos playoffs.
Seria apenas a terceira vez que o time de BH alcançaria o feito. A primeira foi há 13 anos, na temporada 2008/2009, quando lá jogava a central Carolana. A belo-horizontina era, na época, grande promessa do vôlei brasileiro – hoje, é destaque da Seleção Brasileira, pela qual foi medalhista de prata na Olimpíada de Tóquio 2020 e bronze em Paris 2024.
Já a segunda e última foi em 2011/2012, quando uma das destaques do Mackenzie era a também belo-horizontina Gabi Guimarães. Hoje, a ponteira é capitã da Seleção Brasileira – junto a Carolana, foi bronze em Paris 2024 – e é considerada uma das melhores jogadoras do mundo.
Do que o Mackenzie precisa?
O Mackenzie terá pedreira na última rodada da Superliga: enfrentará o Flamengo no Maracanãzinho, no Rio de Janeiro, a partir das 21h. Embora já classificado para a fase final, o time carioca visa alcançar uma posição melhor – a vitória, no cenário mais otimista, pode levar o rubro-negro da sexta para a quarta colocação.
Para ter chances de ir aos playoffs, a equipe da capital mineira precisa, ao menos, pontuar. Nona colocada com 23 pontos, está empatada com o Maringá, que ocupa o oitavo lugar por ter saldo de sets ligeiramente melhor (34:46, contra 34:49 do time mineiro). O time paranaense também terá pedreira: também na sexta, às 21h, enfrenta o quinto colocado Bauru na Arena Paulo Skaff, em Bauru.
Entenda os cenários
- Derrota do Mackenzie por 3 sets a 0 ou 3 sets a 1 para o Flamengo: nesse caso, o time belo-horizontino não teria chances de classificação.
- Derrota por 3 sets a 2: a chama continuaria acesa. O Mackenzie teria que torcer por derrota do Maringá por 3 sets a 0 ou 3 sets a 1 para o Bauru
- Vitória por 3 sets a 2: bastaria que o Maringá perdesse por qualquer placar para o Bauru
- Vitória por 3 sets a 0 ou 3 sets a 1: nesse caso, o Mackenzie teria que torcer por qualquer derrota do Maringá ou por vitória no tie-break
A primeira vez que o Mackenzie foi aos playoffs
O Mackenzie foi o melhor time mineiro da fase inicial da Superliga de 2008/2009 – terminou na sexta posição, com 33 pontos, enquanto o Minas foi o oitavo, com 30, e o Praia ficou em nono, fora dos playoffs, também com 30 pontos.
Nas quartas de final, o time belo-horizontino enfrentou o São Caetano, que havia sido o terceiro colocado. A equipe paulista eliminou as mineiras com certa facilidade – na ida, no Ginásio do Mackenzie, venceu por 3 sets a 0 (parciais de 25/18, 25/16 e 25/18) e, na volta, ganhou por 3 sets a 1, de virada (19/25, 25/10, 25/20 e 25/19.
Aquela temporada foi a primeira de Carolana na Superliga profissional. Ela tinha apenas 17 anos e era considerada uma das grandes promessas do vôlei brasileiro.
Nascida em Belo Horizonte, Ana Carolina ficou no Mackenzie de 2005 a 2010, quando foi para o Pinheiros.
Hoje, a central tem 33 anos, atua pelo Savino, da Itália, e é pentacampeã da Superliga – venceu a competição em 2013/2014, 2014/2015 e 2015/2016 pelo Rio de Janeiro, e em 2016/2017 e 2022/2023 pelo Praia Clube.
A segunda e última vez que o Mackenzie foi aos playoffs
Em 2011/2012, o Mackenzie foi o sétimo na fase inicial e, nas quartas de final, pegou o Rio de Janeiro, que havia ficado na vice-liderança.
Na partida de ida, o time mineiro surpreendeu e venceu a poderosa equipe carioca na partida de ida por 3 sets a 2, com grande atuação de Gabi. À época, a ponteira tinha apenas 16 anos – na temporada seguinte, ela iria justamente para o Rio, onde seria pentacampeã da Superliga.
No segundo e no terceiro jogos das quartas, o Rio de Janeiro, que tinha as campeãs olímpicas Fabi, Sheilla, Mari e Valeska, fez valer seu favoritismo e venceu o Mackenzie diante de sua torcida no Maracanãzinho.
