VÔLEI

Uma em cada time: campeãs olímpicas do vôlei protagonizam semi da Superliga

Semifinais da Superliga Feminina de Vôlei têm quatro atletas que foram campeãs olímpicas pelo Brasil, uma em cada time

O Brasil foi campeão olímpico no vôlei feminino em Pequim 2008 e Londres 2012. Dezoito mulheres brasileiras conquistaram a medalha de ouro na modalidade. Mais de uma década depois, quatro dessas atletas seguem atuando na elite do esporte. E, curiosamente, elas estão exatamente divididas nos quatro semifinalistas da Superliga Feminina: uma em cada time.

As semifinais da liga nacional de vôlei foram definidas na quinta-feira (10/4), com a vitória do Bauru sobre o Fluminense por 3 sets a 1, no Maracanãzinho. Logo, os quatro melhores times são Bauru, Minas, Osasco e Praia Clube. Por isso, já está garantido que uma campeã olímpica conquistará a Superliga. Nas próximas semanas, elas decidirão quem levantará a taça. A final será em 1º de maio, no Ginásio do Ibirapuera.

Semifinais da Superliga Feminina de Vôlei

Minas e Osasco darão o início à disputa por uma vaga na final da Superliga. Os times se enfrentarão em 15 de abril (terça-feira), às 21h, na Arena UniBH. O segundo jogo será em 21 de abril (segunda-feira), no mesmo horário, no José Liberatti. Se necessário, a terceira partida ocorrerá em 25 de abril (sexta-feira), às 18h, novamente em Belo Horizonte.

Neste confronto, o “duelo” entre as medalhistas de ouro no vôlei feminino terá Thaisa Daher e Natália Zílio.

A central de 37 anos é a única das bicampeãs olímpicas – seis atletas estiveram nas conquistas de 2008 e 2012 – que segue em atividade, já que Fabiana, Fabi, Jaqueline, Paulo Pequeno e Sheilla já se aposentaram. Ainda em alto nível, Thaisa busca o tetracampeonato da Superliga pelo Minas.

Natália esteve na conquista dourada de Londres 2012 e quer ganhar mais uma vez a liga nacional de vôlei justamente na sua volta ao Brasil. Bicampeã da competição – 2012/13 pelo Rio de Janeiro e 2018/19 pelo Minas -, a ponteira de 36 anos estava na Rússia e retornou ao Osasco nesta temporada.

O outro finalista da Superliga sairá do duelo entre Praia Clube e Bauru. As equipes iniciarão a semifinal em 18 de abril (sexta-feira), às 21h, no UTC, em Uberlândia. O segundo e o possível terceiro jogo ainda não tiveram datas e horários definidos pela Confederação Brasileira de Vôlei (CBV).

Nessa outra semifinal, a “disputa” entre campeãs olímpicas pela vaga na final terá Adenizia e Dani Lins, atletas que estiveram em Londres 2012.

Vibrante em quadra, Adenizia é a capitã do Praia Clube e tem uma responsabilidade ainda maior nesta reta final. A central liderará a equipe em meio à ausência de Carol Gattaz, que passou por cirurgia devido a grave lesão no joelho esquerdo e só voltará na próxima temporada. A campeã olímpica busca o primeiro título de Superliga pelo time de Uberlândia após ser vice para o Minas em 2023/24.

Por fim, Dani Lins é a mais velha das quatro medalhistas de ouro que buscam o título da liga nacional. E é a que tem a trajetória mais impressionante nesta temporada. Aos 40 anos, a levantadora do Bauru passou por cirurgia na tireoide em 15 de março, se recuperou e atuou nas quartas de final, ajudando a equipe paulista na classificação.

A exceção entre as campeãs olímpicas

Das 18 campeãs olímpicas do vôlei feminino em Pequim e Londres, 13 se aposentaram, quatro estão na semifinal da Superliga Feminina e uma vive uma situação curiosa. Prestes a completar 49 anos, Valeska dos Santos Menezes, a Valeskinha, segue atuando, porém em nível inferior do voleibol brasileiro.

Nascida em Niterói, no Rio de Janeiro, a ex-central teve longa carreira no vôlei, tendo conquistado nove edições da Superliga Feminina e passado por clubes da Itália e Turquia.

Só que o amor ao vôlei faz com que ela não se afaste do esporte. Valeskinha segue como jogadora e acumula o cargo de gestora do Curitiba Vôlei, equipe que terminou a Superliga B na 13ª colocação, com apenas cinco pontos.

Por isso, o time da campeã olímpica disputará a terceira divisão do vôlei brasileiro na próxima temporada. Recentemente, Valeskinha fez uma postagem em uma rede social em nome do Curitiba Vôlei agradecendo a todos por 2024/25.

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