
É o fim de uma era. Na noite desta sexta-feira (25/4), o Osasco eliminou o Minas na semifinal e encerrou sequência de oito anos seguidos em que pelo menos um time mineiro se classificava para a final da Superliga Feminina de Vôlei. A equipe paulista bateu o time da Rua da Bahia por um sonoro 3 sets a 0 (parciais de 25/22, 25/19 e 25/20), “calando” os mais de três mil torcedores que “abarrotaram” a Arena UniBH, em Belo Horizonte.
O time paulista adotou estilo de jogo agressivo no ataque e foi dominante durante a maior parte do jogo, comandado pela oposta Tifanny, que pontuou 21 vezes e foi a “artilheira” do jogo e de toda a série, e pela ponteira Natália, campeã olímpica pela Seleção Brasileira em Londres 2012, que fez 13 pontos e fez valer a “lei do ex”, já que atuou no Minas em 2018/2019.
O Osasco, assim, vai disputar clássico paulista com o Bauru na grande final da Superliga, em 1º de maio (quinta-feira), feriado nacional pelo Dia do Trabalhador, no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo. Será a primeira vez que os rivais estaduais se encontram na decisão da competição. Nesta temporada, eles já haviam decidido a Copa Brasil, na qual o Osasco levou a melhor
Eliminado, o atual campeão Minas encerra a temporada 2024/2025 de forma decepcionante. A dura derrota foi a despedida do italiano Nicola Negro, técnico com mais títulos da história do clube (25), que deixará Belo Horizonte após seis anos e voltará para a Itália para treinar o Chieri.
O jogo
Técnico do Minas, o italiano Nicola Negro escalou o time que vinha sendo titular nos últimos jogos: Thaisa, Júlia Kudiess, Peña, Glayce, Kisy, Jenna Gray e Kika. Luizomar de Moura, treinador do Osasco, mandou a equipe à quadra com Valquíria, Callie, Maíra, Natália, Tifanny, Giovana e Camlia Brait.
O Osasco começou melhor, fez os três primeiros pontos da partida e chegou a abrir 10 a 5. No entanto, o Minas reagiu rapidamente e engatou seis pontos seguidos para virar o jogo, embalado por atmosfera hostil da torcida, que “abarrotou” a arquibancada da Arena UniBH. Atordoado e errando mais, o time paulista viu as minairas abrirem 15 a 12 mas, comandado por Tifanny, conseguiu nova reação, empatou (20 a 20 e 21 a 21) e conseguiu sequência de quatro pontos seguidos para fechar em 25 a 22.
No segundo set, o Osasco novamente teve início melhor. Com ataque mais eficiente, o time paulista rapidamente abriu 5 a 2 e conseguiu se manter à frente durante todo o set. O Minas ensaiou reação e chegou a encostar (10 a 9), mas as paulistas se impuseram, abriram cinco pontos de vantagem (15 a 10) e conseguiram administrar a margem até o fim, fechando em 25 a 19.
O Minas estava claramente abalado e atordoado pela atuação agressiva do ataque do Osasco. Mesmo jogando fora, o time paulista adotou estratégia de forçar saques – característica mais comum do Minas jogando em casa -, apresentava grande volume de jogo e causava diversos erros do Minas.
A terceira parcial começou nesse cenário e, apesar de certo equilibrio em alguns momentos, o Osasco não deixou o Minas assumir a frente do placar em nenhum momento. Quando perdia por 15 a 11, o time da Rua da Bahia fez três pontos seguidos para reagir (15 a 14), mas rapidamente as paulistas reassumiram as rédeas e reabriram boa vantagem (17 a 14).
Os gritos de “eu acredito” da torcida minas-tenista não foram suficientes para inspirar o time de Nicola. Dominante, o Osasco crescia comandado por Tifanny e pela campeã olímpica Natália, grandes destaques do time na temporada.
No fim, o time da Rua da Bahia conseguiu sequência de três pontos seguidos (20 a 19) para encostar e inflamar a torcida, mas viu as paulistas voltarem a reagir e fecharem a parcial final e o jogo em 25 a 20.