VÔLEI

Comadres, Brait e Dani Lins ‘desafiam’ idade na final da Superliga: ‘Quanto mais velha, melhor’

Capitãs de Bauru e Osasco, Camila Brait e Dani Lins têm uma longa amizade e disputarão a final da Superliga Feminina de Vôlei na quinta-feira (1/5)

A amizade é evidente e bem bonita. São comadres. E até compartilham o mesmo “desafio”: a idade avançada. Medalhistas olímpicas pela Seleção Brasileira de Vôlei, Camila Brait e Dani Lins têm uma longa amizade e se enfrentarão na final da Superliga Feminina. E as capitãs de Osasco e Bauru, respectivamente, afirmam: “Quanto mais velha, melhor”.

Campeã olímpica em Londres 2012, a levantadora Dani Lins representará o Bauru na decisão contra o Osasco da líbero Camila Brait, medalhista de prata em Tóquio 2021, nesta quinta-feira (1/5), às 15h45, no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo. Na véspera do jogo, elas se encontraram no treino e não esconderam o carinho e a amizade, que só se ausentará durante a disputa que vale a taça da Superliga.

Dani Lins, levantadora do Bauru, e Camila Brait, líbero do Osasco - (foto: Pedro Bueno / No Ataque)
Dani Lins, levantadora do Bauru, e Camila Brait, líbero do Osasco(foto: Pedro Bueno / No Ataque)

Após o treino, elas participaram de uma coletiva de imprensa em que sentaram lado a lado, em frente à almejada taça da Superliga. Durante todas as respostas, as comadres – Brait é madrinha de Lara, enquanto Dani tem Romeu como afilhado – se elogiaram, mas deixaram claro que a disputa independe da relação.

A idade de Brait e Dani Lins

Além de todo o vínculo afetivo, Camila Brait e Dani Lins chegaram à final após enfrentar o mesmo “desafio”: a idade. Elas foram perguntadas pelo No Ataque sobre o quanto é importante para a sequência da carreira chegar à final da Superliga com tanta experiência. Dani Lins, de 40 anos, detalhou a preparação para seguir bem fisicamente e declarou que quer seguir em alto nível.

“Chegar com uma certa idade jogando em alto nível condiz muito com o começo. Sempre me cuidei muito fisicamente, na alimentação, faço muito pilates. Enfim, a gente vai se cuidando cada vez mais. E chegar aos 40 anos, jogando em alto nível, conseguindo estar em uma final… eu brinco que eu sou uma ‘jovem senhora’. Espero estar contribuindo muito ao vôlei porque faço com amor e continuar em alto nível, sendo exemplo para minha filha e muitas crianças que acompanham a gente, como tem no Sesi. Obviamente, ser campeã da Superliga aos 40 anos seria muito bom. Temos um grande confronto pela frente”

Dani Lins, levantadora do Bauru

Já Camila Brait, de 36 anos, não hesitou e cravou: “Levantadora e líbero, quanto mais velho, melhor”. A atleta do Osasco explicou porque o corpo dessas atletas não sentem o mesmo impacto dos atacantes e ainda exaltou a comadre Dani Lins, que é quatro anos mais velha.

“Levantadora e líbero, quanto mais velho, melhor. Dani está aí para provar. Sempre foi craque de bola, mas, agora, meu Deus do céu! Está voando demais. 40 anos e no ápice da carreira. Atacante que não [melhora com a idade] por causa das costas, joelho, muito impacto. Mas a gente tem que se cuidar um pouco mais, não pode extrapolar, fazer algo extra como fazia quando tinha 20 anos. É isso aí: panela velha que faz comida boa”

Camila Brait, líbero do Osasco

Além das capitãs, Léia é outra atleta com idade avançada que chega com destaque à final. A líbero do Bauru tem 40 anos e também conversou com o No Ataque sobre o assunto – veja a matéria completa.

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