
Há 12 anos, o Ibirapuera não recebia as finais da Superliga de Vôlei. O duelo entre Osasco e Bauru, nesta quinta-feira (1º/5), feriado nacional pelo Dia do Trabalhador, encerrará a espera de um dos mais icônicos ginásios do Brasil, localizado em São Paulo para voltar a sediar a decisão do principal torneio do esporte no país. A última vez foi em 2012/2013, quando Rio de Janeiro (hoje Flamengo) e Osasco se enfrentaram no auge de sua rivalidade e protagonizaram partida inesquecível.
Aquela seria a 11ª de 15 temporadas consecutivas em que uma das equipes venceria o torneio. Ambas tinham esquadrões de peso. O Osasco tinha duas bicampeãs olímpicas que são ídolos incontestáveis do Minas – a oposta Sheilla e a central Thaisa – além de outra bicampeã olímpica querida pela torcida da Rua da Bahia: a ponteira Jaqueline. Além do trio, havia outras duas grandes jogadoras medalhistas de ouro em Jogos: a ponteira Fernanda Garay e a central Adenizia, hoje jogadora do Praia Clube.
Do lado do Rio de Janeiro havia uma bicampeã olímpica – a líbero Fabi, consisiderada por muitos a maior da história da posição – e três campeãs olímpicas – a central Valeskinha, a ponteira Natália, que enfrentava o clube que a revelou e pelo qual venceu a Superliga pela primeira vez – e a levantadora Fofão, que tinha 43 anos. A equipe treinada por Bernardinho tinha também uma “joia” do vôlei brasileiro que hoje é a capitã da Seleção e, para muitos, a melhor jogadora do mundo: a ponteira Gabi Guimarães, à época com 18 anos.
A final marcou o primeiro jogo do vôlei brasileiro com o uso da tecnologia na arbitragem. Foi a estreia do “desafio”, ferramenta na qual cada técnico pode, duas vezes por set, pedir a revisão de jogada que considerar que houve erro dos juízes.
Como foi o jogo?
O início indicava que o Osasco atropelaria o arquirrival. Considerado um time mais forte, com jogadoras mais experientes, a equipe comandada por Luizomar de Moura – que ainda é o técnico osasquense – abriu 2 sets a 0, com parciais de 25/22 e 25/19.
No entanto, com grande atuação de Natália e da canadense Sarah Pavan, ambas líderes de pontuação da partida com 22 pontos, o Rio de Janeiro conseguiu virada histórica com vitórias nos três sets seguintes por 25/20, 25/15 e 15/9. Gabi Guimarães também foi uma das líderes de desempenho da equipe, bem como Fofão, eleita a melhor em quadra mesmo jogando com a panturrilha lesionada.
As escalações de Rio de Janeiro e Osasco em 2012/2013
- Rio de Janeiro: Juciely, Valeskinha, Gabi Guimarães, Natália, Sarah Pavan, Fofão e Fabi
- Osasco: Adenizia, Thaisa, Jaqueline, Fê Garay, Sheila, Fabíola e Camila