
Ela partiu do outro lado do oceano e percorreu 9.184 quilômetros para chegar a São Paulo e com a expectativa de ver seu time de coração pela primeira vez na final da Superliga Feminina de Vôlei. Mas quis o destino que, pela primeira vez depois em seis anos, o Minas não se classificasse para a decisão.
Jéssica Barbieri, de 33 anos, mora em Dublin, capital da Irlanda, país vizinho ao Reino Unido. Lá, trabalha como entregadora de comida. Mas se engana quem pensa que sua torcida minas-tenista é por raízes mineiras – ela nasceu em Londrina, no interior do Paraná.
Mas, afinal, por que a escolha pelo time da Rua da Bahia? Em entrevista ao No Ataque, Jéssica explicou.
“Sempre gostei do Minas, das jogadoras, do time. Torço para eles faz uns 10 anos, e nunca tinha conseguido assistir a um jogo. Dessa vez, vim para o Brasil e tinha dado certo agora, aí falei ‘Ah, vou assistir’. Mas infelizmente, né… Fiquei triste (com a eliminação), ainda mais porque eu ia assistir à final, e porque jogaram muito bem. Mas, infelizmente, depois de cinco finais, agora não estaremos mais aqui
Jéssica Barbieri, 33
Na ausência do time mineiro, Jéssica decidiu torcer para o Bauru, por dois motivos. Primeiro, porque o Osasco eliminou a equipe da Rua da Bahia. Segundo, porque é fã da levantadora Dani Lins, campeã olímpica em Londres 2012. Ainda assim, ela decidiu marcar presença no Ibirapuera trajada com o uniforme minas-tenista.
Eles são cuiabanos e também assistiriam ao Minas pela primeira vez
O casal de advogados Vlamir e Denisia também esperava ver o Minas pela primeira vez junto com a filha Lorena. Eles, que são de Cuiabá, compraram ingressos assim que iniciaram-se as vendas na expectativa que a equipe belo-horizontina chegasse à decisão, mas se frustraram com a eliminação “precoce” para o Osasco, na semifinal
“A gente gosta do bom voleibol. Já é a segunda geração de voleibol aqui em casa. Compramos, falamos ‘não, é Minas na final’. Infelizmente não chegou neste ano, mas esperamos que ano que vem chegue. Vamos ver um bom voleibol aí dentro, vibrar, é para ter a experiência que a gente veio”, explicou Vlamir, ao No Ataque.
“Somos torcedores de alma e coração do Minas, e viemos vestidos de Minas. A expectativa é que vejamos alguma jogadora do Minas, tirar foto”, contou Denisia. A filha, Lorena, é grande fã de Thaisa Daher, central bicampeã olímpica e multicampeã no Minas”, falou Denisia.
Vlamis explicou que, embora não tenham raízes mineiras, eles escolheram o time de BH para torcer: “A gente gosta do Minas. É um time completo, bem treinador. Vamos ver na próxima Superliga”.
“E a Lorena ingressou no vôlei há dois anos, ela joga vôlei, então ela se identificou demais com o time do Minas, e estamos realizando o sonho dela de vir aqui hoje”, acrescentou Denísia.