VÔLEI

Polina diz que queria ter ficado no Osasco e projeta aposentadoria: ‘Quero ser mãe’

Campeã da Superliga de Vôlei, Polina disse não ter recebido oferta do Osasco, explicou destino e revelou provável data de aposentadoria

Polina Rahimova conquistou, no Osasco, o sonho de vencer a Superliga Feminina de Vôlei e, ainda de quebra, conquistou a Copa Brasil e o Paulista na temporada 2024/2025. Perguntada pelo No Ataque, a oposta azeri revelou que gostaria de ter ficado no time paulista, mas não recebeu oferta, explicou porque próximo passo da carreira e projetou aposentadoria em breve para ser mãe.

“Eu agradeço muito que as pessoas tenham visto minhas performances nesta temporada. Eu amo o Brasil. Gostaria de ficar no Osasco, mas não recebi uma oferta, porque talvez eles tenham outros planos. Não sei, talvez haja um problema financeiro…eu realmente não sei.”

Frene ao cenário, Polina decidiu voltar à Europa. Nascida no Uzbequiestão, a jogadora de 34 anos tem família ucraniana, cresceu no Azerbaijão – inclusive, defende a Seleção Azeri – mas mora na Turquia. Ela agora vai jogar em um país vizinho ao de sua morada: a Grécia. Anunciada pelo Panionios na última quarta-feira (6/5), ela revelou que deve se aposentar por lá após a temporada 2025/2026.

“Decidi ir para mais perto de casa, porque eu moro na Turquia, e a Grécia é muito próxima, são países vizinhos. Estou chorando agora não só por causa da vitória (…) Mas porque eu provavelmente vou encerrar minha carreira na Grécia. Por isso estou muito emotiva, é a última vez que vejo esses grandes fãs e recebo toda essa energia.”

Polina Rahimova, após o título da Superliga pelo Osasco

A oposta até foi perguntada pelo No Ataque sobre um possível retorno ao Brasil no futuro, país ao qual se declarou tantas vezes. Além da vitoriosa passagem pelo Osasco em 2024/2025, ela também passou pelo Bauru entre 2019/2020 – temporada na qual foi a maior pontuadora da Superliga – e 2020/2021. No entanto, Polina voltou a ressaltar que deve se aposentar em breve e explicou que a ideia se deve a um sonho especial.

“Não sei, porque não sei se vou continuar (a jogar) por muito tempo. Eu quero ter um bebê, quero ser mãe.”

Polina Rahimova

A carreira de Polina Rahimova

Nascida em Fergana, no Uzbequistão, e integrante de família de militares ucranianos, Polina Rahimova mudou-se para o Azerbaijão ainda na adolescência, aos 16 anos. Ela naturalizou-se azeri em 2006 e, no ano seguinte, estreou pela seleção do país europeu.

A atleta de 34 anos e 1,98m é considerada ícone do voleibol azeri e tem carreira cosmopolita. Ela já atuou por 15 times, de nove países diferentes, e já foi considerada uma das melhores jogadoras do mundo.

Polina iniciou carreira profissional no Nagliyatchi VC, do Azerbaijão, em 2005/2006. Mas foi no Azerrail Baku que ela fincou raízes em solo azeri – no time da capital do país, permaneceu por sete temporadas antes de deixar o país pela primeira vez, rumo ao Hillstate, da Coréia do Sul.

Em 2015/2016, Polina atuou pelo Queenseis, onde teve grande desempenho e, na temporada seguinte, assinou com a potência Fenerbahçe, da Turquia. Em 2018/2019, a oposta atuou pelo Casalmaggiore, da Itália, mas na mesma temporada voltou ao país turco para atuar pelo THC.

Rahimova chegou ao Brasil em 2019/2010, para atuar pelo Bauru. Logo na primeira temporada em terras tupiniquins, ela foi, de forma disparada, a maior pontuadora da Superliga Feminina: foram 428 pontos, 59 a mais que Lorenne, do Barueri.

Após dois anos no Bauru, a azeri retornou ao Casalmaggiore e, após poucos meses, foi para o Thái Binh, do Vietnã. Em 2022/2023, ela passou pelo Kuzeyboru, terceiro time que defendeu na Turquia, mas na mesma temporada voltou ao Vietnã para jogar pelo Duc Giang.

Após passagens pelo Karayollari, da Turquia, e pelo Petrokimia, da Indonésia, em 2023/2024, Polina voltou para o Brasil em 2024/2025 para defender o Osasco. Ao jogar pelo Panionios, da Grécia, em 2025/2026, Rahimova terá atuado em times de 10 países diferentes

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