
Titular durante toda a temporada. Inclusive na final. Porém, foi “reserva” em mais da metade da decisão, faz apenas quatro pontos e viu o substituto brilhar. Esse foi o roteiro de Wallace, que comentou a ida ao banco durante a vitória sobre o Campinas, neste domingo (4/5), e normalizou a situação, já que, segundo ele, o Cruzeiro é desta forma pela força do elenco.
A equipe mineira começou a final da Superliga Masculina de Vôlei com um rendimento bem abaixo do esperado. Por isso, Filipe Ferraz promoveu mudanças: tirou Douglas Souza e Wallace, campeões olímpicos na Rio 2016, e colocou Oppenkoski e Vaccari em quadra. E a decisão do técnico foi correta.
O Cruzeiro se recuperou de uma primeira parcial ruim, virou o jogo e venceu por 3 sets a 1, levantando o nono troféu da Superliga Masculina de Vôlei da história. E Wallace deixou claro em entrevista ao No Ataque: não ficou insatisfeito com a ida à reserva durante a final. Inclusive, as mudanças são vistas pelo oposto como necessárias.
“As trocas são imprescindíveis. O nosso time não é feito só dentro dos seis, setes que estão ali dentro. Hoje eu saí, voltei, saí. O Douglas começou, saiu, entrou o Vaccari. Então assim, a gente tem jogadores qualificados para entrar e manter o mesmo nível dentro do time”
Wallace, oposto do Cruzeiro
A saída de Wallace praticamente definitiva ocorreu no segundo set, com o atleta entrando apenas nas inversões entre opostos e levantadores. Ele fez quatro pontos em toda a final, enquanto Oppenkoski foi responsável por 12, ficando atrás apenas de Lucão entre os maiores pontuadores da Raposa.
Mais uma conquista para Wallace
Essa foi a nona conquista da Superliga do Masculina de Vôlei do Cruzeiro, sendo a sétima de Wallace. O capitão se confunde com a própria história do clube celeste e só ficou fora dos títulos de 2016/17 e 2017/18.
E mais um troféu pela Raposa deixa Wallace até sem palavras. O oposto de 38 anos exaltou a temporada de 2024/25 feita pelo Cruzeiro: o time conquistou Mineiro, Supercopa, Superliga, Sul-Americano e Mundial de Clubes.
“O time está de parabéns, não tem o que falar, falar o que para um time desse que, de seis campeonatos disputados, venceu cinco? Cada vez mais nos colocamos uma pressão para uma próxima temporada. É bom e é ruim, mas é melhor ganhar do que perder [risos]”, concluiu Wallace.
A única taça que não foi conquistada pelo Cruzeiro na temporada foi no mata-mata nacional. Em 29 de janeiro, nas quartas de final da Copa Brasil, o time perdeu para o Joinville por 3 sets a 2 e caiu precocemente na competição.