VÔLEI

Vôlei: Cruzeiro vence Campinas de virada e é eneacampeão da Superliga Masculina

Cruzeiro começou mal, mas reagiu com mudanças de Filipe Ferraz e bateu Campinas para voltar a vencer a Superliga Masculina de Vôlei

O Cruzeiro é, pela nona vez, campeão da Superliga Masculina. Na tarde deste domingo (4/5), o time celeste começou mal no duelo com o Campinas, mas teve poder de reação e superou o time de Bruninho por 3 sets a 1 (parciais de 18/25, 25/23, 25/23 e 25/21) para voltar a conquistar o torneio mais cobiçado do vôlei nacional em um templo do esporte brasileiro: o Ginásio do Ibirapuera.

O icônico palco esteve completamente lotado para a decisão, com 10.056 torcedores presentes. A torcida do Campinas era maioria, mas os adeptos celestes compareceram em peso e fizeram barulho durante todo o jogo.

O grande nome da vitória do Cruzeiro não foi um jogador, e sim o técnico Filipe Ferraz. Ao ver seu time “sucumbir” diante da equipe paulista nos minutos iniciais, ele não teve “medo” de substituir dois campeões olímpicos – o ponteiro Douglas Souza e o oposto Wallace – por Vaccari e Oppenkoski, que fizeram o time crescer na partida e conseguir a virada.

Com a vitória, o time celeste chega a nove títulos e iguala o Minas no topo do ranking de maiores campeões nacionais – contabilizando a Superliga e todas as competições equivalentes desde 1962, como faz a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV)..

Já o Campinas seguirá em busca do título inédito. É a terceira derrota da equipe em uma final de Superliga, a segunda para o Cruzeiro – o time celeste também derrotou o Campinas na decisão de 2015/2016.

O jogo

O técnico Filipe Ferraz escalou o Cruzeiro com Lucão, Otávio, Rodriguinho, Douglas Souza, Wallace, Matheus Brasília e Alexandre. Já o argentino Horacio Dileo levou o Campinas a quadra com Judson, Léo, Adriano, Maurício Borges, Bruno Lima, Bruninho e Lukinha.

O Campinas teve início avassalador. A equipe fez os três pontos iniciais e logo abriu 7 a 3 com ace de Adriano. Dominante nos bloqueios e forçando erros do Cruzeiro com bons saques, o time paulista emplacou sete pontos seguidos (11 a 3) e depois colocou mais quatro bolas no chão consecutivas para abrir 15 a 4. O “atropelo” era tamanho que, nesse ponto, o técnico Filipe Ferraz já havia gastado seus dois pedidos de tempo e mudado bastante a equipe.

A partir da metade da parcial, a Raposa conseguiu equilibrar a disputa e o Campinas diminuiu o ritmo e passou a cometer muitos erros de saque. A vantagem chegou a ser diminuída para “apenas” quatro pontos (20 a 16) após o time celeste conseguiu três bolas no chão seguidas. Mas, após pedido de tempo de Horacio Dileo, os campinenses se reestabalecera, emplacaram três pontos seguidos para chegar ao match pint e fecharam o set em 25 a 18 com belo ataque na “pipe” de Bruno Lima.

O segundo set teve perfil bem parecido com o primeiro, só que inverso. O Cruzeiro começou dominante e rapidamente abriu vantagem de sete pontos (11 a 4), graças a melhora na distribuição do levantador Matheus Brasilia e melhora na eficiência dos atacnates. Mas, em comparação com a reação celeste na parcial inicial, a reação campinense foi mais rápida e efetiva. O time paulista recuperou a confiança e conseguiu sequência de quatro bolas no chão seguidas para encostar (14 a 13) e reequilibrar o jogo.

Desde então, reinou o equilíbrio. O Cruzeiro se mantinha na frente, mas o Campinas logo encostava e não deixava os celestes despontarem. Novamente, o bloqueio do time paulista fazia a diferença – menos “definidor” que na parcial inicial, mas incomodando frequentemente o ataque da Raposa, que tinha dificuldade para rodar bolas “limpas”. O Campinas, liderado ofensivamente pelo oposto Bruno Lima, chegou perto do empate, mas o Cruzeiro fechou no fim com Oppenkoski – o oposto entrou bem no lugar de Walace, que ia mal, e foi decisivo para a vitória celeste por 25 a 23.

O terceiro set foi o mais equilibrado na partida, mas teve o Cruzeiro melhor. Desde que abriu 2 a 1, o time celeste não permitiu o Campinas ir à liderança do placar em nehum momento. A Raposa abriu três pontos de vantagem ainda no início (8 a 5), mas viu o Campinas encostar e empatar mais de uma vez. No entanto, o time paulista esbarrou em erros de saque, que fizeram a diferença para a vitória celeste, bem como a grande atuação de Oppenkoski e Vaccari, que já haviam liderado a vitória no set anterior.

No momento em que o Cruzeiro abriu 22 a 20, a torcida celeste percebeu que a vitória se aproximava, se levantou e assumiu o domínio da cantoria no estádio sob o mantra “Cru-zei-rôooooo”. Na sequência, Vaccari fez o time chegar ao 23 a 20 com “pancada” explorando o bloqueio que fez a bola ir para a arquibancada. O Campinas ainda encostou, mas a Raposa fechou em 25 a 23 com bela largade de Lucão.

Com a virada, o Cruzeiro começou embalado o quarto set, enquanto o Campinas mostrava-se claramente abatido. A Raposa abriu a parcial com três pontos seguidos, com direito a ace de Lucão e belo bloqueio de Rodriguinho. A vantagem aumentou ao longo do set e chegou a 16 a 10 com ace de Otávio – antes, Rodriguinho também havia conseguido ponto de saque, fundamento que fez a diferença para que o time celeste passasse a dominar o jogo. O time belo-horizontino conseguiu manter boa margem até o fim do set e, embalado pela torcida, fechou a etapa – e a partida – em 25 a 21.

Compartilhe