
Welinton Openkoski. A estrela do oposto de 25 anos do Cruzeiro brilhou como “elemento surpresa” decisivo para os títulos do Sul-Americano de Vôlei e da Superliga Masculina conquistados pela equipe nesta temporada.
Nesse domingo (4/5), a final da Superliga contra o Campinas no Ginásio do Ibirapuera começou com amplo domínio do time paulista, que venceu o primeiro set por 25 a 18. Bem marcado, o campeão olímpico e capitão celeste Wallace não fazia grande exibição. Assim, o técnico Filipe Ferraz decidiu colocá-lo no banco e chamar Oppenkoski.
A partir do momento em que o gaúcho entrou em quadra, foi decisivo e um dos melhores jogadores do time no jogo, com 12 pontos somados – segunda maior quantia entre os jogadores do Cruzeiro na partida, empatado com Vaccari e abaixo apenas do central Lucão -, oito a mais que Walace.
E essa não foi a primeira vez na temporada em que o técnico agiu e mudou uma decisão para a Raposa. Na final do Sul-Americano de Clubes, em 16 de março deste ano, Filipe Ferraz também promoveu uma substituição que mudou a história do jogo.
O Cruzeiro perdia o clássico decisivo contra o Praia Clube por 2 sets a 1 quando o treinador acionou Oppenkoski para entrar na vaga de Wallace. O oposto reserva fez 22 pontos na partida – mesmo entrando no quarto set -, foi decisivo em finais de sets e levou a Raposa ao título sul-americano em Uberlândia, além de receber o prêmio de melhor jogador do torneio.
O roteiro se repetiu na decisão da Superliga, menos de dois meses depois. Filipe Ferraz mostrou talento para, mais uma vez, tirar o capitão do time e atrapalhar as ideias do adversário. Desta forma, duas finais decididas para o currículo de Openkoski.
O que Oppenkoski falou
“O coração está acelerado. Muita emoção, mais um título, nesta temporada conseguimos cinco. Cada um é diferente, cada um é especial, e este é mais especial ainda, é para coroar todo um trabalho de um ano inteiro, é uma alegria inexplicável”, disse o oposto, em entrevista exclusiva ao No Ataque.
“Sempre tento me preparar mentalmente e fisicamente para todos os jogos. Para mim, o Wallace é uma referência, é um dos melhores opostos que já existiram. Uso ele de referência para tudo dentro de quadra. Tento me preparar sempre para a hora que precisar, que foi hoje”
Oppenkoski, oposto do Cruzeiro
O que Filipe Ferraz disse
“Final de um jogo só realmente a gente não tem tempo para esperar. No primeiro set, eu senti o time um pouco acuado, um pouco desequilibrado e precisei fazer algumas alterações, como o Vaccari entrando no lugar do Douglas”, iniciou.
“Ao mesmo tempo, o Wallace também estava muito bem marcado. Ele é estudado o ano inteiro, fica difícil, sobrecarregado. Eu coloquei uma peça nova, como o Oppenkoski, que foi brilhante mais uma vez e nos ajudou a trazer mais um título para o Cruzeiro. Essas mudanças realmente fizeram o time ser feliz”
Filipe Ferraz, em entrevista exclusiva ao No Ataque