VÔLEI

Vôlei: capitã da Seleção, Macris faz ressalva sobre vitória e aponta o que deve melhorar

Capitã da Seleção Brasileira Feminina de Vôlei na ausência de Gabi Guimarães, a levantadora Macris falou sobre as atuações na Liga das Nações (VNL)

Braçadeira de capitã, duas medalhas olímpicas – prata em Tóquio 2020 e bronze em Paris 2024 – e jogadora mais velha do atual elenco. Essa é Macris, líder da Seleção Brasileira Feminina de Vôlei, principalmente nessa primeira semana da Liga das Nações (VNL) pela ausência de Gabi Guimarães. Até pelo posto na equipe, a levantadora de 36 anos analisou as atuações do Brasil, fez uma ressalva sobre a vitória sobre os EUA e apontou o que deve melhorar.

Na noite de quinta-feira (5/6), no Maracanãzinho, no Rio de Janeiro, o Brasil venceu os Estados Unidos por 3 sets a 0, na segunda rodada da VNL Feminina. O triunfo foi importante, e a Seleção se impôs completamente, tendo domínio da partida. Porém, ao ouvir um elogio ao time na zona mista, Macris apenas agradeceu e fez uma ressalva sobre o desempenho.

“Obrigado, mas tem muita coisa para melhorar ainda. Eu sei que no, dia a dia, trabalhamos muito e sabemos que podemos crescer. Eu acho que é importante a gente ser grata, sim, pela vitória, que foi muito importante, mas não deixar que essa vitória mascare os pontos que a gente pode melhorar. Então é ter esse foco no crescimento, porque o objetivo, mais do que as vitórias agora, é a gente chegar forte na fase final”, disse a jogadora do Praia Clube.

A “cobrança” da capitã por uma evolução conecta justamente com o ideal da Liga das Nações. Com três semanas de disputa na fase inicial durante mais de um mês, o objetivo é chegar entre os oito melhores – são 18 equipes – ao fim, se classificando para a etapa decisiva, que será no fim de julho.

Até lá, a Seleção Brasileira deve evoluir e se entrosar mais, visando o Mundial que será disputado entre o fim de agosto e início de setembro, na Tailândia. Por isso, Macris teve tranquilidade para apontar o que deve ser melhorado nos jogos seguintes da VNL.

“[Precisa melhorar] a nossa comunicação, o nosso entrosamento, tanto em bloqueio e defesa, como arrumar rápido na quadra para os contra-ataques e ter um pouco mais de tranquilidade em muitos momentos com a bola no ar para ter uma melhor comunicação. A gente precisa se comunicar mais, só que isso vem com o tempo também. Se conhecendo, se entrosando. Vamos ter paciência nesse processo, sabendo que é um passo de cada vez. A gente precisa crescer”

Macris Carneiro, jogadora do Praia Clube e ídolo do Minas

Zé Roberto concorda e vê margem para evolução

O discurso de Macris representa a posição do treinador. José Roberto Guimarães também parou na zona mista, conversou com o No Ataque e falou sobre as atuações recentes da Seleção Brasileira. Treinador da equipe desde 2003, Zé entende que todas as atletas podem crescer durante a preparação rumo á fase final da VNL e o Mundial.

“A gente vê que todas elas têm que melhorar alguns aspectos. Umas um pouco mais, outras um pouco menos. Eu achei o time ainda um pouco ansioso e nervoso, mas é normal, até encaixar. Tanto é que no começo do jogo a gente estava errando um pouco a precisão do saque. A líbero [dos EUA] tocou algumas vezes na bola, que não era para ela tocar. Isso é um pouco mais de nervosismo, ansiedade na hora de executar, de respirar no momento da execução”

Zé Roberto Guimarães, técnico da Seleção Brasileira

Só que Zé Roberto também fez questão de citar que o comportamento das jogadores o impressionou. “Fiquei feliz com a forma com a gente se comportou. Eu acho muito bacana, vão ter novos desafios, Alemanha, Itália. Vamos ver, cada jogo é um jogo que a gente tem que avaliar. Lorena foi bem, mas eu acho que ainda ela pode ser melhor”, concluiu.

Como mencionado pelo treinador, o Brasil volta à quadra diante da Alemanha, no sábado (7/6), às 13h30. Já no domingo (8/6), às 10h, a adversária será a Itália, no encerramento da etapa da VNL no Maracanãzinho para a Seleção.

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