VÔLEI

Em grande jogo, Brasil sofre, mas vence Alemanha de virada na Liga das Nações Feminina de Vôlei

Com direito até a tie-break no Maracanãzinho, Brasil ressurge em meio à atuação instável, vence Alemanha e segue sem perder na VNL Feminina

A instabilidade do Brasil durante o duelo com a Alemanha neste sábado (7/6) quase levou à primeira derrota. Porém, em meio à pior atuação da Seleção na Liga das Nações Feminina de Vôlei (VNL) de 2025, a equipe de Zé Roberto Guimarães ressurgiu no Maracanãzinho, no Rio de Janeiro, atropelou no tie-break, venceu a Alemanha de virada por 3 sets 2 (25/23, 21/25, 23/25, 25/20 e 15/8) e segue sem perder na VNL Feminina.

Apesar do sofrimento, a vitória foi importante para o Brasil se juntar a Itália e Turquia como os únicos times que venceram os três jogos disputados na Liga das Nações Feminina. A coincidência é que, como a Seleção somou apenas dois pontos, já que o jogo foi ao tie-break, as três seleções estão empatadas com oito – Itália lidera pela razão de pontos feitos por sofridos. Já a Alemanha venceu apenas um jogo, mas tem cinco pontos justamente pelos grandes jogos diante de brasileiras e italianas.

As equipes voltam à quadra logo neste domingo (7/6), no encerramento da etapa do Rio da VNL Feminina. Às 10h, o Brasil enfrentará a Itália, que descansou neste sábado (6/6). Já a Alemanha jogará logo depois, às 13h30, contra a Tchéquia.

O jogo

Na escalação inicial, Zé Roberto Guimarães manteve a equipe que venceu os Estados Unidos dois dias antes: Júlia Kudiess, Lorena, Ana Cristina, Júlia Bergmann, Tainara, Macris e Laís. A única mudança no Brasil foi no banco de reservas: Diana se juntou a Kisy, Marcelle Rosamaria e foi cortada, enquanto Lanna foi relacionada pela primeira vez.

Um resumo do primeiro set foi o equilíbrio. A primeira arrancada na metade final do jogo foi quando a Alemanha abriu 15 a 12, mas Zé Roberto reagiu com a inversão de opostas e levantadoras, colocando Jheovana e Roberta em quadra. A mudança surtiu efeito rapidamente, e a Seleção voltou ao duelo, que chegou até a estar empatado em 23 a 23. Só que as donas da casa mostraram maturidade para fechar com belo ataque de Júlia Bergmann: 25 a 23.

Lance durante o jogo entre Brasil e Alemanha pela VNL Feminina - (foto: Divulgação FIVB)
Lance durante o jogo entre Brasil e Alemanha pela VNL Feminina(foto: Divulgação FIVB)

Já a segunda parcial teve um roteiro único no jogo. A Alemanha foi responsável por oito dos 10 primeiros pontos e abriu uma larga vantagem. Em 7 a 2, Zé novamente fez a inversão e, desta vez, as suplentes ficaram mais tempo em quadra justamente porque o Brasil melhorou – Jheovana “incendiou” o ginásio com um ace em 11 a 7. A recuperação brasileira levou a vantagem até para apenas uma bola – em 14 a 13 -, só que as alemães retomaram o domínio e venceram: 25 a 21.

O terceiro set até começou equilibrado, mas, em boa parte, o Brasil teve que correr atrás do resultado, aumentando o nervosismo nas arquibancadas do Maracanãzinho. A Alemanha chegou a ter cinco bolas de vantagem em 20 a 15, e a Seleção até fez cinco pontos seguidos, empatando. No entanto, o momento decisivo, diferentemente da primeira parcial, favoreceu as alemãs: 25 a 23.

Com a necessidade da vitória para sobreviver no duelo, a Seleção até teve erros iniciais no quarto set, provavelmente devido à tensão, mas uma arrancada foi fundamental na metade final. Ao estar perdendo por 16 a 14, o Brasil se recuperou, fez oito dos nove pontos seguintes e abriu margem para empatar o jogo por 2 sets a 2 com certa tranquilidade, com direito a ataque potente de Jheovana, oposta que substituiu Tainara e brilhou: 25 a 20.

Por fim, o tie-break até começou com dois pontos da Alemanha, mas o Brasil foi empurrado pela torcida e marcou os seis pontos seguintes, abrindo uma margem considerável. Desta forma, a Seleção administrou até o fim e venceu por 3 sets a 2, com ataque decisivo de Ana Cristina, maior pontuadora com 21 pontos: 15 a 8.

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