
A famosa “dor de cabeça” que qualquer técnico deseja é ter um número maior de bons atletas em relação às vagas. Essa é a situação de Zé Roberto Guimarães. O treinador da Seleção Brasileira Feminina de Vôlei viu o protagonismo de duas ponteiras na etapa do Rio de Janeiro da Liga das Nações, só que a principal jogadora do time volta em breve. E como ele fará? É possível escalar Ana Cristina, Júlia Bergmann e Gabi Guimarães juntas?
Apesar das perguntas terem sido feitas, as resposta ainda não foram dadas. Histórico treinador do Brasil – no comando do time feminino desde 2003 e único tricampeão olímpico da história brasileira (Barcelona 1992 com os homens e Pequim 2008 e Londres 2012 com as mulheres) -, José Roberto Guimarães preferiu deixar esse “problema” em relação às três ponteiras para o futuro.
Após a derrota para a Itália no domingo (8/6), no encerramento da etapa do Rio de Janeiro da Liga das Nações Feminina de Vôlei, Zé Roberto Guimarães passou pela zona mista e foi perguntado por um repórter se poderia manter Ana Cristina e Júlia Bergmann no time titular, incluindo Gabi Guimarães. O técnico preferiu não responder se tentará ou não essa formação com as três destaques.
“Não vou responder essa sua pergunta porque é um problema que a gente tem para o futuro”
Zé Roberto Guimarães, técnico do Brasil
A “dor de cabeça” de Zé Roberto
Essa “dor de cabeça” existe por causa de quarto fatores. O primeiro é que as três atuam como ponteiras nos seus clubes e se destacam na posição. O segundo é que um time de vôlei atua com duas ponteiras, enquanto as outras atacantes são centrais ou opostas.
O terceiro é o alto nível de atuação de Ana Cristina e Júlia Bergmann. A primeira foi recordista de pontos do Brasil na etapa do Rio da VNL com 73 pontos. Já a segunda se destaca pela versatilidade, já que faz tudo na quadra: ataca bem e ainda é a melhor defensora do Brasil no torneio.
E o quarto é o mais óbvio: é impensável que a Seleção atue sem a maior estrela. Gabi Guimarães é a melhor ponteira do mundo – foi a segunda melhor jogadora do mundo em 2024, atrás apenas da oposta Paola Egonu – e acrescentará muito à Seleção quando for convocada. Zé Roberto disse ao No Ataque que ela deve ser chamada quando o time estiver na Europa, destino da Seleção nesta terça-feira (10/6).
Desta forma, uma possibilidade para que Zé Roberto resolva esse “problema” é transformar as jovens Ana Cristina, de 21 anos, ou Júlia Bergmann, de 24, em uma oposta durante a temporada de seleções, deixando Gabi Guimarães como ponteira. Porém, apenas os treinamentos indicarão o melhor caminho a Zé Roberto.