VÔLEI

Bernardinho exalta concorrência Darlan x Alan na Seleção e brinca: ‘Precisa de benzedeira’

Irmãos concorrem na posição de oposto da Seleção Masculina de Vôlei; Bernardinho também analisou vitória sobre Ucrânia na VNL e 'papo' entre jogadores

A Seleção Brasileira Masculina de Vôlei tem concorrência saudável entre os irmãos Darlan, de 31 anos; e Alan, de 30; pela titularidade na posição de oposto. Neste sábado (14/6), o primeiro começou jogando, mas o segundo entrou ainda no início em meio ao “apagão” da equipe e não saiu mais. Alan foi o grande nome da vitória de virada por 3 sets a 2 do Brasil sobre a Ucrânia, no Maracanãzinho, pela Liga das Nações, a VNL.

Autor de 21 pontos – maior número entre os brasileiros – Alan ficou de fora dos dois primeiros jogos por problemas físicos. Bernardinho, inclusive, brincou que o ex-jogador do Cruzeiro “precisa de uma benzedeira” devido ao elevado número de lesões e outras questões com os quais sofre. Em conversa com o No Ataque e outros veículos, o técnico valorizou a concorrência entre os irmãos cariocas e explicou a importância que cada jogador tem – um tem “picos mais altos”, mas outro é mais regular.

“Ele (Alan) teve umas cólicas, problema renal. Ontem à noite decidi pela permanência dele, mas veio com o Chizoba, porque era o meu medo, entrar para fazer algumas ações ele tinha condições, jogar o jogo todo não sabia, mas mostrou que sim. Ele é um cara mais experiente e regular , considerando que o Darlan tem ainda altos e baixos, mas picos mais altos. Então ter alguém como o Alan, íntegro, com essa condição, que não é o que vimos na Olimpíada, em que tivemos dois jogos, contra Polônia e Itália, sem um cara como ele. A presença dele é fundamental, e ele hoje mostrou a capacidade e a recuperação, que é o mais importante.”

Bernardinho

“Às vezes a gente brinca que não precisa de médica, e sim de uma benzedeira, porque essas pequenas coisas que acontecem com ele nos preocupam, depois da lesão nas costas, poxa, teve uma questão renal, teve que ser internado dois dias, mas não era nada grave, só uma infecção, sarou e está aí de novo. Então, parabéns pra ele e obrigado, nos tirou de uma situação de muita dificuldade”, brincou o técnico.

Bernardinho analisou a partida

O técnico da Seleção Masculina de Vôlei explicou porque a equipe começou abaixo e foi dominada pela Ucrânia – considerada por ele “escola soviética e russa” nos dois primeiros sets: “É um time que bloqueia muito, tiveram 17 pontos (de bloqueio) contra Cuba. Cuba tem o López, e mesmo assim (os ucranianos) ‘mataram’ os caras. Esse é um teste, um time pesado, um pouco escola soviética, escola russa. No início começamos a ficar um pouco travados, mesmo as largadas estávamos com medo”.

“Então é aprender, teste de aprendizado, os caras vieram nos pressionando o tempo inteiro, sacando forte e errando, mas sacando forte e bloqueando pesado. Conseguimos virar depois, os centrais começaram a funcionar mais e o Alan nos deu um respiro bom, aí melhorou um pouco”, analisou.

Papo entre os jogadores

Bernardinho exaltou a importância da liderança do capitão Flávio, central de 32 anos; e do levantador Cahcopa, de 29, em guiar “papo” entre os jogadores que ajudou o time a “acordar” para o terceiro set.

“Sempre tem (papo entre os jogadores). Temos que estar o tempo inteiro conversando. O time é deles, estamos aqui só para ajustar. Quem toca no instrumento são eles, a gente tem que falar o tempo inteiro, tem gente com experiência, Flávio, Cachopa, lideranças que têm que surgir agora”, finalizou

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