VÔLEI

Vôlei: Bernardinho diz qual o saldo da Liga das Nações no Rio e reafirma hashtag de culpa

Técnico da Seleção Brasileira Masculina de vôlei citou #AculpaédoBernardinho e avaliou positivamente etapa do Rio da VNL

Técnico da Seleção Brasileira Masculina de Vôlei, Bernardinho avaliou positivamente a primeira semana da Liga das Nações, disputada no Maracanãzinho, no Rio de Janeiro. A etapa acabou para o Brasil neste domingo (15/6) com imponente vitória por 3 sets a 0 sobre a Eslovênia.

Bernardo destacou a importância para a montagem de uma nova “base” da equipe, que passou por grande reformulação após a eliminação nas quartas de final dos Jogos Olímpicos de Paris 2024. Foram encerrados os ciclos de jogadores importantes, como o lendário levantador Bruninho e o central Lucão, campeoes olímpicos em Rio 2016, o ponteiro Leal e o central Isac.

“Foi positivo como fase de construção, uma base sendo montada. A partir dessa base que você vai alinhando as peças ali”, iniciou o técnico. Na sequência, ele destacou a “resiliência” da equipe – contra Cuba, na quinta-feira (12/6), buscou empate após perder os dois primeiros sets, embora tenha perdido no tie-break; contra a Ucrânia, no sábado (14/6), repetiu o roteiro mas venceu a partida e, contra a Eslovênia, salvou quatro set points adversários no segundo set e virou a parcial.

“O tema de ontem (contra a Ucrânia) foi a resiliência, e hoje no segundo set o time mostrou mais uma vez como não deixar, não deixar, segurar a ali, até o último instante, conseguiu reverter”, disse o treinador. “Mudei um pouco o time, temos que nos adaptar um pouco a esse levantador (Cachopa) que vinha jogando um pouco menos”, continuou Bernardinho – Cachopa era o reserva de Bruninho na Seleção no ciclo passado.

“É sempre um teste válido, importante. Tem jogadores que nunca sentiram esse clima, de certa maneira uma pressão, se você não souber. Mas eu acho positivo no momento de dificuldade a torcida sempre apoiando, por quê? Porque via no no time aquilo que a que as pessoas querem ver, que nós queremos ver, que é a vontade de fazer, a determinação em todas as bolas. Foram em cima da câmera lá, quase foram lá xingar a câmera, ‘o que que a câmera está fazendo ali’? (no segundo set, Brasil tentou salvar bola, mas foi “atrapalhado” por câmera próxima à área da arquibancada Experiencia quadra)

Bernardinho

“O bacana é isso, você não dar nada por perdido. É a coisa mais importante. Mas de resto é o primeiro passo de um processo. A avaliação é positiva. Saímos com nove pontos. Quantos pontos? Porque qual é o objetivo? Essa vitória (contra a Eslovênia) ra importante pensando éna China. A gente quer chegar na China (sede da fase final da VNL). A próxima etapa é muito difícil, então tem que pontuar o máximo possível para chegar ao primeiro objetivo, que é levar a equipe à fase final”, disse.

Bernardinho explicou os próximos passos: “Então, positivo, mas muito a fazer, muito a melhorar, muitas falhas ainda. Que bom, agora o nosso trabalho é fazer que essas falhas diminuam cada vez mais.”

Hashtag ‘A culpa é do Bernardinho’

O técnico reafirmou que a “responsabilidade” e a “liderança” são dos jogadores, mas lembrou que, em caso de “erros”, a culpa é sempre dele. Bernardinho, inclusive, voltou a brincar e citar a hashtag que criou: #ACulpaÉdoBernardinho.

“O americano chama isso de ‘accountability’. De ser responsável pelas suas coisas. É deles. A liderança tem que vir de lá. É o Flávio (capitão) lá dentro, ele é importante; o Honorato que encarna um pouco o espírito que a gente quer, é um guerreiro, um cara ‘mais baixo’ no processo, mas que está ali o tempo inteiro fazendo”, iniciou Bernardinho, que destacou as diferenças culturais: “Cada um tem sua forma de fazer, o alemão é mais friozão, porque é o jeito do alemão, quer que ele seja o quê? Um brasileiro? No aspecto da cultura”.

Mas isso é importante, eles entendem que nós somos ferramentas. Estamos aqui monitorando como um maestro. Quem toca, quem faz, são eles. Então é essa responsabilidade, de fazer a coisa acontecer. Mas lembre-se, qualquer erro ou qualquer culpa é minha. Vocês conhecem a hashtag ‘É culpa do Bernardinho’. Qualquer crítica é feita, a resposta que eles tem que dar na rede social é que é culpa do Bernadinho. Ouviram uma crítica, é culpa em última instância é nossa. Quem escalou, quem treinou, quem preparou? Nós. Portanto, temos que fazer o deles ali. Agora, se faltar a vontade, pode criar. Fora isso, tecnicamente a culpa é nossa. Bernadinho, deixa eu só te fazer uma última pergunta, rapidinho.

Bernardinho

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