VÔLEI

Vôlei: os estudos de Júlia Kudiess até estar entre as melhores bloqueadoras da VNL

Central do Minas e da Seleção Brasileira Feminina de Vôlei, Júlia Kudiess é a segunda atleta com mais bloqueios na Liga das Nações (VNL)

A vibração de Júlia Kudiess esteve de volta. E a alta pontuação também. Apesar da derrota para a Itália por 3 sets a 0, a central de da Seleção Brasileira demonstrou muita confiança e brilhou diante das campeãs olímpicas no domingo (8/6), no Maracanãzinho. A atuação coroou um ótimo início da atleta de 22 anos na Liga das Nações Feminina de Vôlei (VNL), competição em que ela está entre as melhores bloqueadoras.

Dentro de quadra, o Brasil teve uma atuação de altos e baixos contra a Itália. Mas Júlia usou o clássico do voleibol mundial para retomar o protagonismo – após um desempenho abaixo contra a Alemanha – e foi a segunda maior pontuadora da Seleção, atrás de Ana Cristina. Foram 11 pontos feitos, sendo sete de ataque, um ace – o primeiro na VNL – e três de bloqueio.

E é esse fundamento que coloca a jogadora do Minas Tênis Clube entre uma as melhores do início da Liga das Nações de Vôlei. Com 16 bloqueios na etapa do Rio de Janeiro, Júlia Kudiess é a segunda atleta que mais pontuou a partir desse movimento, atrás somente da central sérvia Hena Kurtagić, que fez 11 no jogo de domingo (8/6), diante do Canadá, e chegou à incrível marca de 26.

Os estudos de Júlia Kudiess sobre bloqueios

Só que para chegar a esse nível de disposição para bloquear adversárias, Júlia Kudiess teve que se preparar. E até mesmo fora das quadras. Na zona mista, a central da Seleção Brasileira conversou com jornalistas e revelou ao No Ataque alguns detalhes em relação aos estudos que faz antes dos confrontos.

“Eu gosto muito de estudar antes do jogo, de ver a distribuição. É uma coisa que eu tenho dentro de mim. Isso facilita ali dentro, escolher. É difícil, porque às vezes a bola é muito rápida, de chegar, entrar bem a mão. Mas eu tenho muita vontade. Eu acredito que eu chamo tanto que a bola acaba vindo na minha mão. Eu não sei como isso funciona [risos]”, disse a atleta minas-tenista.

Os estudos possibilitam que Júlia entenda como cada time arma as suas jogadas e, consequentemente, como ela poderá bloquear. Porém, a produção desse conteúdo também passa pela comissão técnica. Cabe à jogadora “apenas” estudar, em uma preparação que mostra o comprometimento mental em meio à prática física do esporte de alto nível.

“A gente tem muito estudo aqui, tem o estatístico. Ele passa tudo para a gente, distribuição em cada rede. Eu jogo mais com a Macris, então acabo ficando mais com ela. Dependendo de onde é o saque, tem uma probabilidade maior [do ataque] ser para trás, para frente. E se eu consigo estudar isso bem, acaba facilitando um pouco no jogo”

Júlia Kudiess, central do Brasil

A reflexão da jogadora sobre as estratégias no bloqueio foi feita após a vitória por 3 sets a 0 sobre os Estados Unidos, em 5 de junho. Esse jogo contou com quatro pontos de Júlia por meio do fundamento – essa é a média dela na VNL. E o próprio saque brasileiro facilita a reação, conta.

“A gente sacou muito bem contra os Estados Unidos, o que facilita. Se não tem um passe na mão, alguns times já descartam a central, abrem mais o jogo. É claro que, no jogo, as coisas fluem de uma forma que às vezes não é como a gente estudou, mas eu acho que o estudo me ajuda ali na probabilidade de fazer algumas escolhas”, concluiu Júlia.

Com Kudiess como principal bloqueadora, o Brasil volta à quadra em 18 de junho, diante da Bélgica. Até lá, a equipe de Zé Roberto Guimarães terá viajado a Istambul, na Turquia, sede da próxima etapa da VNL Feminina.

O Brasil na segunda semana da VNL feminina

  • Brasil x Bélgica – 18 de junho, quarta-feira (18/6), às 10h
  • Brasil x Canadá – 20 de junho, sexta-feira (20/6), às 13h30
  • Brasil x República Dominicana – 21 de junho, sábado (21/6), às 10h
  • Brasil x Turquia – 22 de junho, domingo (22/6), às 13h30
Compartilhe