
Central titular da Seleção Brasileira de Vôlei, Judson exaltou a convivência com Bernardinho durante os treinos e jogos da Liga das Nações, a VNL, mas explicou que o método do técnico “assusta um pouco” os novatos devido à alta intensidade e cobrança.
Maior pontuador da Seleção Brasileira no torneio e eleito o melhor central das últimas três Superligas, o jogador de 26 anos disputa a segunda temporada de seleções sob o comando do treinador bicampeão olímpico. Judson já havia sido convocado por Bernardinho em 2024, na primeira lista do técnico desde seu retorno à Seleção. O atleta sul-matogrossense jogou a última VNL, mas foi cortado para a Olimpíada de Paris 2024.
“Para quem trabalha a primeira vez com o Bernardo, assusta um pouco, porque é um cara muito intenso. Ele cobra a todo momento, quer a perfeição de nós. Se você vai gostar ou não dele, ele não se importa com isso, mas vai te cobrar igual. Principalmente para os mais novos, entender essa cobrança e como ele aborda cada um demora um tempo. Para mim também foi assim. Eu falei ‘caramba, ele é um cara super vitorioso’. Então você fica meio assim, ‘como saber lidar?'”
Judson
“E isso está só ficando mais natural durante este período, já tivemos o ano passado trabalhando com ele e agora está mais natural, todo mundo já entende a forma como ele quer que trabalhemos, entendemos a forma que ele nos organiza dentro de quadra, da cobrança e tudo o mais. Sabemos que ele vai estar aí sempre cobrando, mas é sempre pelo nosso melhor desempenho. Então tem tudo para nos adaptarmos melhor, cada vez mais, tanto ele conosco quanto nós a ele”, finalizou o central.
Bernardinho do ‘velho testamento’?
A postura de Bernardinho durante a primeira semana da Liga das Nações Masculina de Vôlei chamou a atenção de muitas pessoas nas redes sociais. Conhecido por ser enérgico nas brincas e bem inquieto, o técnico da Seleção Brasileira Masculina aparentava estar mais “tranquilo”. Criou-se, inclusive, o termo “Bernardinho paz e amor”.
Perguntado se teria “mudança de perfil” pela reportagem do No Ataque após a vitória do Brasil por 3 sets a 0 sobre a Eslovênia, neste domingo (15/6), Bernardo negou e brincou: “Eu li também que o velho testamento voltou (ou seja, que ele havia voltado a ser o Bernardinho ‘enérgico’ de antes). Olha aqui meu braço como que está”.
“Não, tô no gás, tô no gás. E sabendo que é diferente, mas o gás não acabou, não dá para dar moleza não”, brincou o treinador.