
Técnico da China, o belga Vital Heynen “se derreteu” por Lukas Bergmann, titular da Seleção Brasileira Masculina na Liga das Nações, e brincou ao pedir que o jovem ponteiro – considerado joia do vôlei nacional e mundial – se naturalize chinês.
O comentário foi feito após a vitória do Brasil de Bernardinho por 3 sets a 0 sobre a equipe asiática, nessa quinta-feira (26/6), pela segunda partida da segunda semana da VNL, na Now Arena, em Hoffman Estates, nas proximidades de Chicago, nos Estados Unidos.
“Este é um dos maiores talentos do mundo. Não posso falar muito alto, mas ele tem raízes alemãs, claro que é brasileiro, não quero mudar isso, mas tem raízes alemãs, e os alemães são muito bons em manter os pés no chão. Então espero que ele cresça muito mais, vai ser um jogador incrível. Mais tarde, poderei dizer que estive ao lado dele quando ele era jovem para uma entrevista. Tudo de bom, você sabe que eu acredito em você.”
Vital Heynen, ao Volleyball Source
Bergmann nasceu em Munique, na Alemanha, em 2004. Filho de pai alemão e mãe brasileira, o jogador de 21 anos do Bauru chegou ao Brasil em 2011, quando tinha sete anos. Ele cresceu em Toledo, no interior do Paraná.
‘Pedido’ de naturalização
Após os elogios, Heynen brincou com o jornalista turco que entrevistava ambos: “Talvez você possa dar a ele (Bergmann) um passaporte chinês”. “Está mais fácil do que costumava ser”, respondeu o repórter.
A fala foi interpretada por alguns usuários do X (antigo Twitter) como uma “alfinetada” à Turquia. A Federação Turca de Vôlei tem sido criticada pelo método recorrente de apostar em naturalização de atletas, especialmente para a Seleção Feminina, que tem a oposta cubana Melissa Vargas como principal protagonista.
A atleta de 25 anos joga pelo Fenerbahçe, maior clube do país, desde 2018, e adquiriu a cidadania turca em 2021, tornando-se apta a defender a seleção em 2023. O caso gerou certa polêmica por ela ter defendido antes a Seleção Cubana em diversos torneios.