VÔLEI

Do outro lado do mundo: Gabi Guimarães, do Brasil, é sensação na VNL no Japão

Ponteira da Seleção Brasileira, a belo-horizontina Gabi Guimarães é um ícone do vôlei mundial e arrasta fãs até mesmo no Japão

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A distância entre Chiba, na Região Metropolitana de Tóquio, no Japão, e Belo Horizonte é de mais 18 mil quilômetros, segundo o Google Maps. Porém, mesmo do outro lado do mundo, Gabi Guimarães é sensação. A atleta mineira é alvo de cartazes, gritos e muito carinho dos torcedores japoneses ao disputar partidas pela Seleção Brasileira na Liga das Nações de Vôlei (VNL) e não poupou elogios à cultura local, em entrevista exclusiva ao No Ataque.

A belo-horizontina de 31 anos se consolidou nos últimos anos como um ícone do vôlei mundial. Em 2024, ela foi eleita a segunda melhor jogadora do mundo, atrás apenas da oposta Paola Egonu, que conquistou a Olimpíada de a VNL pela Itália. Para muitos, a ponteira brasileira é a melhor da atualidade.

E Gabi consegue arrastar multidões. Na primeira semana da Liga das Nações, no Rio de Janeiro, ela não esteve porque ganhou um descanso maior após a temporada de clubes, e o No Ataque presenciou diversos torcedores lamentando a ausência da craque. Nessa edição da VNL, os japoneses tiveram mais sorte que os brasileiros e estão acompanhando a camisa 10 in loco.

Durante os jogos, a responsável pela transmissão flagrou, em diversos momentos, fãs que levaram itens personalizados sobre Gabi Guimarães à arquibancada do ginásio. Já a Federação Internacional de Vôlei (FIVB) registrou esses fãs em fotos, como é possível ver abaixo.

Gabi Guimarães fala sobre o carinho da torcida japonesa

E a própria Gabi Guimarães reconhece esse carinho. Em fala exclusiva ao No Ataque, a jogadora falou sobre esse contato próximo e caloroso com a torcida no Japão durante a terceira semana da VNL – os jogos estão sendo realizados na Arena Portuária de Chiba, em Chiba, na Região Metropolitana de Tóquio – e em toda a carreira.

“Fico muito feliz com o carinho aqui no Japão, que já vem de muitos anos. Lembro da primeira vez que eu vim pra cá, em 2013. Foi um impacto assim, sobre a cultura, mas principalmente sobre o carinho e o respeito que os torcedores japoneses têm com a Seleção Brasileira. Sempre foi um impacto muito grande pra mim”, disse Gabi Guimarães, que seguiu.

“É um país que eu gosto muito de jogar e que me identifico bastante com a torcida por ser muito respeitosa, carinhosa, e voltar aqui ano após ano e perceber que o carinho e o respeito que eles têm por mim aumentam é um incentivador ainda maior para estar aqui, jogar e conseguir performar da melhor maneira. Eu sou muito fã também da escola japonesa de voleibol pela qualidade técnica, principalmente o sistema defensivo. Então, não é só o carinho dos torcedores, mas também ressaltar muito o país, a cultura, a escola japonesa, que eu acho que é referência hoje no mundo”

Gabi Guimarães, ao No Ataque

Desempenho de Gabi Guimarães em quadra

Ter ficado fora da primeira semana, obviamente, impactou o desempenho de Gabi Guimarães. Como esperado, a ponteira voltou em um ritmo mais devagar que as companheiras, que já estavam jogando desde o início da VNL. A reestreia ocorreu em 21 de junho, diante da República Dominicana, e o primeiro ponto foi feito em 22 de junho, contra a Turquia.

Essas atuações na segunda semana foram importantes para que a capitã da Seleção ganhasse um pouco mais de confiança e ritmo. A partir da terceira semana, no Japão, Gabi Guimarães retomou a titularidade e mostrou que estava, definitivamente, de volta.

Gabi Guimarães, ponteira da Seleção Brasileira Feminina de Vôlei - (foto: Divulgação FIVB)
Gabi Guimarães, ponteira da Seleção Brasileira Feminina de Vôlei(foto: Divulgação FIVB)

Diante da Bulgária, na quarta-feira (9/7), ela fez 11 pontos, sendo dez de ataque e um ace. Já contra a França, no dia seguinte, foram 12 de ataque e um bloqueio certo, totalizando 13 tentos.

E a terceira atuação completa foi, praticamente, a somatória do que havia feito nos jogos anteriores. No duelo com a Polônia, Gabi Guimarães fez 24 pontos, tendo sido 19 de ataque e cinco de bloqueio, número alto para uma ponteira no fundamento, e foi a destaque individual da partida.

A craque deixou ótimos indícios ao Brasil e será ainda mais importante na ausência de Ana Cristina, que estava sendo a maior pontuadora da Seleção, mas se lesionou na quinta-feira (10/7).

Próximos jogos da Seleção Brasileira Feminina de Vôlei

O próximo jogo do Brasil de Gabi Guimarães será apenas no domingo (13/7), às 7h20, já que este sábado (12/7) ficará marcado pelo descanso do time de Zé Roberto.

O adversário da Seleção no encerramento da fase inicial da VNL será justamente o Japão. O duelo com as donas da casa também ocorrerá na Arena Portuária de Chiba, em Chiba, na Região Metropolitana de Tóquio.

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