O mineiro Flávio foi o nome da vitória do Brasil por 3 sets a 0 sobre o Japão na Liga das Nações Masculina de Vôlei, a VNL. Ex-jogador do Minas, o central de 32 anos que atua pelo Trentino, da Itália, não se intimidou com a torcida adversária – que lotou a Arena Portuária de Chiba, na Região Metropolitana de Tóquio – e foi o maior pontuador e o maior bloqueador da partida.
O jogo (o segundo das equipes na terceira e última semana da fase classificatória da VNL) era decisivo para a classificação da equipe de Bernardinho à etapa de mata-mata, que será em Ningbo, na China, entre 28 de julho e 3 de agosto.
Bastava que a Seleção vencesse um set para se garantir matematicamente na fase final.
Sob o comando de Flávio, o Brasil fez a tarefa parecer fácil frente a um dos times mais fortes do mundo, considerado candidato ao título da Liga das Nações.
É a terceira vitória da Seleção em três jogos contra “concorrentes diretos” da primeira prateleira do vôlei mundial: na segunda semana da VNL, nos Estados Unidos, o time de Bernardinho bateu a Itália por 3 sets a 2 e a Polônia por 3 sets a 1.
Os detalhes da atuação de Flávio
O meio de rede do Brasil foi muito acionado por Fernando Cachopa, levantador titular do Brasil, que também teve atuação maestral na partida. O ídolo do Cruzeiro distribuiu bem o jogo e escolheu “abusar” dos centrais Flávio e Judson como estratégia para explorar a baixa estatura do meio de rede japonês.
A estratégia deu certo. Flávio fez 14 pontos – mais que qualquer outro jogador de Brasil e Japão – e Judson foi autor de oito, terminando como o terceiro maior pontuador da Seleção na partida.
Oito dos tentos do central mineiro foram em ataques, a maioria com assistências de Cachopa. Os outros seis, no entanto, foram em outro fundamento no qual o ex-Minas foi soberano: o bloqueio.
Flávio fez seis dos 10 pontos de bloqueio do Brasil no jogo. Ele foi disparado o maior jogador da partida no quesito – os vice-líderes todos tiveram apenas dois pontos de “tocos”: o levantador Matheus Brasília e o oposto japonês Miyaura.
Na defesa, o central mineiro também fez bonito. Foram quatro defesas, com 100% de aproveitamento no quesito.
O que Flávio falou sobre a partida
“É sempre especial jogar aqui no Japão, ginásio lotado, os fãs são respeitosos e vêm para curtir esse espetáculo. Hoje conseguimos proporcionar isso para eles. Estou muito feliz com a vitória e com a classificação para as finais, esse era o nosso primeiro objetivo. Jogar contra o Japão sempre é muito difícil, um time que defende muito, é chato no saque, não são tão altos, mas tocam bastante no bloqueio e na defesa”
Flávio
“Então é preciso um entendimento melhor do jogo, sobre o que eles estão fazendo do outro lado, para poder superar tudo isso. E hoje acredito que tivemos maturidade para diferenciar os momentos e saber o que fazer. Quando estávamos com dificuldades, por exemplo, no terceiro set em que estávamos com cinco pontos atrás, tivemos a maturidade para respirar e sair da situação o mais rápido possível”, finalizou o central mineiro.