O Brasil chega com moral à semifinal da Liga das Nações Feminina de Vôlei pelas nove vitórias consecutivas e, principalmente, porque um desses triunfos foi um atropelo diante do próximo adversário. Em 13 de julho, encerramento da terceira semana da VNL, em Chiba, na Região Metropolitana de Tóquio, a Seleção Brasileira bateu o Japão por 3 sets a 0 (25/18, 25/17 e 25/20).
Porém, se a lembrança mais recente é boa, um trauma assola a torcida brasileira. Na mesma competição, mas na edição de 2024, o Brasil chegou à semifinal como favorito e com moral por ter batido o Japão na fase inicial – por 3 sets a 2. No duelo pela vaga na decisão, contudo, as asiáticas deram o troco.
Brasil x Japão na VNL Feminina de 2024
Em 22 de junho de 2024, na preparação para a Olimpíada de Paris (disputada a partir do mês seguinte), o Brasil disputou a segunda partida na fase final da VNL, em Bangkok, na Tailândia. Após eliminar as donas da casa, a Seleção enfrentou o Japão e amargou a derrubada de seu favoritismo, além de perder a chance de brigar pelo título inédito.
No primeiro set, o jogo já demonstrou o equilíbrio esperado, além da alternância: as japonesas dominaram a reta final e garantiram o triunfo por 26 a 24. Já na parcial seguinte, o Brasil voltou ao jogo e venceu por 25 a 20. No terceiro, o Japão retomou o controle e ganhou por 25 a 21. A quarta parcial foi vencida pelas brasileiras por 25 a 22, enquanto o tie-break terminou em 15 a 12 para as atletas do país oriental.
Os 21 pontos de Gabi Guimarães, os 17 de Júlia Bergmann e os 16 de Rosamaria não foram suficientes para levar o Brasil de volta à final da VNL – disputou a decisão e perdeu em 2019, 2021 e 2022. A vitória naquela partida ficou com o time da ponteira Yukiko Wada, que também cravou 21 bolas.
A esperança dessas brasileiras, que seguem no elenco como protagonistas, é escrever uma história diferente neste ano, assim como foi feito na fase inicial.
Brasil x Japão na VNL Feminina de 2025
Em 13 de julho, na primeira partida sem contar com a lesionada Ana Cristina, o técnico Zé Roberto Guimarães escalou a Seleção Brasileira com Júlia Kudiess, Diana, Gabi Guimarães, Júlia Bergmann, Rosamaria, Roberta e Marcelle. Dessa forma, o treinador optou por Rosamaria como oposta e manteve a levantadora Roberta e a líbero Marcelle como titulares – na semifinal, ele deve repetir essa formação.
O primeiro set
A primeira parcial teve o equilíbrio que era esperado até o placar apontar 7 a 6 para o Brasil. Depois disso, Roberta iniciou a atuação impressionante, teve uma passagem brilhante no saque, fez dois aces consecutivos e protagonizou uma série de cinco pontos, que levou a vantagem para seis bolas.
Já o restante do set contou com uma distribuição de pontos entre todas as atacantes da Seleção. Essa boa variação resultou na consistência do time de Zé Roberto Guimarães, que venceu de forma tranquila: 25 a 17.
O segundo set
Um roteiro quase idêntico ao do primeiro set foi escrito no segundo. Só que, dessa vez, a vantagem em 7 a 6 era do Japão quando Roberta foi para o saque. Em nova passagem espetacular, a levantadora fez um ace para virar o jogo, e Diana apareceu na sequência com dois bloqueios, criando uma vantagem de quatro bolas logo no 11º ponto.
Mais uma vez, coube ao Brasil apenas controlar o restante da parcial, já que o Japão não retomava o protagonismo – estava zerado em bloqueios e aces. E o brilho de Júlia Bergmann, que fez sete pontos nesse set, coroou a atuação da Seleção, que contou com Júlia Kudiess para definir a vitória: 25 a 18.
O terceiro set
Já a terceira parcial deu indícios que seguiria o caminho dos anteriores. Rosamaria fez um ace em 2 a 1, e Roberta foi responsável por mais um saque perfeito em 8 a 5. Porém, nesse set, o Japão voltou ao jogo e deu mais trabalho à Seleção.
O esforço das anfitriãs, contudo, foi em vão. O Brasil, que teve Júlia Bergmann como destaque (maior pontuadora do jogo, com 15 pontos), mostrou a força e o domínio visto durante toda a partida e contou com Gabi Guimarães para fechar o massacre sobre o Japão: 25 a 20.