
Poucas brasileiras entendem mais da posição de levantadora que Hélia Rogério de Souza Pinto. Conhecida como Fofão, a campeã olímpica em Pequim 2008 se mostrou preocupada com o atual momento do vôlei nacional justamente na função em que fez história e afirmou: “O Brasil precisa encontrar mais talento”.
Fofão conversou com o No Ataque de forma exclusiva durante evento do Comitê Olímpico do Brasil, no Rio de Janeiro, em meados de maio. Perguntada sobre a posição de levantadora, a lenda do vôlei brasileiro até citou Macris e Roberta – únicas jogadoras da posição na Seleção -, mas lamentou a falta de novos nomes, já que as convocadas tem 36 e 35 anos, respectivamente.
“Eu acho que precisa de mais levantadoras com perfil de Seleção Brasileira, mas, ao mesmo tempo, eu acredito que você só vai saber realmente dando oportunidade. Então, a gente tem duas jogadoras, que são a Macris e a Roberta, que são jogadoras mais conhecidas, mas precisamos de mais. Eu acho que o Brasil precisa encontrar mais talento para dar essa tranquilidade e para quando uma jogadora parar, a gente tenha peça para reposição”
Fofão, campeã olímpica de vôlei em Pequim 2008
A ex-jogadora foi campeã há 17 anos, na primeira medalha de ouro olímpica do vôlei feminino brasileiro, e também foi bronze em Atlanta 1996 e Sydney 2000. Em novo momento da carreira, Fofão é treinadora e comandou seleções de base recentemente.
A carência na posição de levantadora na Seleção Brasileira Feminina
A Liga das Nações de Vôlei (VNL) começa na quarta-feira (4/6) – Brasil duela com a Tchéquia, no Maracanãzinho, às 17h30 -, e Zé Roberto Guimarães, histórico técnico da Seleção, contará, mais uma vez, com Macris e Roberta como opções para a posição de levantadoras.
Enquanto as atletas de 36 e 35 anos, que estiveram nas últimas duas edições de Jogos Olímpicos, são as opções vistas como ideais pelo treinador, a melhor levantadora da Superliga Feminina 2024/25 foi Dani Lins, atleta de 40 anos do Bauru que está fora da Seleção. Ou seja, os melhores nomes para a importante função do vôlei estão com idade avançada.
Até por isso, José Roberto Guimarães também falou sobre o tema em entrevista exclusiva ao No Ataque. O comandante da Seleção Feminina desde 2003 admitiu uma “carência enorme de levantadoras” e apontou a solução para o vôlei brasileiro – leia a materia completa.
Jogadoras da Seleção Brasileira Feminina de Vôlei na VNL no Rio de Janeiro
Centrais
- Diana, 26 anos, Türk Hava Yollari (THY) -TUR
- Júlia Kudiess, 22 anos, Minas
- Lanna, 25 anos, Barueri
- Lorena, 25 anos, Flamengo
- Luzia, 21 anos, Barueri
Ponteiras
- Aline Segato, 19 anos, Barueri
- Ana Cristina, 21 anos, Fenerbahçe-TUR
- Helena, 20 anos, Flamengo
- Júlia Bergmann, 24 anos, Türk Hava Yollari (THY) -TUR
Opostas
- Jheovana, 24 anos, Barueri
- Kisy, 25 anos, Minas
- Rosamaria, 31 anos, Denso Airybees-JAP
- Tainara, 25 anos, Shanghai Bright-CHI
Levantadoras
- Macris, 36 anos, Praia Clube
- Roberta, 35 anos, Türk Hava Yollari (THY) -TUR
Líberos
- Laís, 29 anos, Flamengo
- Kika, 29 anos, Minas
- Marcelle, 23 anos, Fluminense
Jogos da Seleção Brasileira Feminina de Vôlei na VNL no Rio de Janeiro
4/6 (quarta-feira)
- 17h30 – Brasil x República Tcheca
5/6 (quinta-feira)
- 21h – Brasil x Estados Unidos
7/6 (sábado)
- 13h30 – Brasil x Alemanha
8/6 (domingo)
- 10h – Brasil x Itália