SELEÇÃO BRASILEIRA

Campeão olímpico deseja sorte ao amigo Ancelotti, menos contra uma seleção

Carlo Ancelotti iniciou a caminhada como técnico da Seleção Brasileira nesta quinta-feira (5/6), diante do Equador, pelas Eliminatórias Sul-Americanas

A rivalidade entre Brasil e Argentina segue no coração de Júlio Velasco mesmo após se naturalizar italiano e até um amigo comandar a Seleção Brasileira Masculina de Futebol. O treinador, que foi campeão olímpico pelo time feminino da Itália em Paris 2024, até desejou sorte a Carlo Ancelotti, mas destacou: “Não contra a Argentina”.

Nascido em La Plata, no país sul-americano, Júlio Velasco fez história no vôlei pela Itália e se naturalizou. Durante a carreira, o treinador de 73 anos se tornou amigo do italiano Carlo Ancelotti, que estreia na noite desta quinta-feira (5/6), diante do Equador, como comandante do Brasil.

Após a vitória de virada da Itália diante da Alemanha, na Liga das Nações Feminina de Vôlei (VNL), no Maracanãzinho, no Rio de Janeiro, Júlio Velasco, que é fã de futebol, conversou com jornalistas na zona mista e falou ao No Ataque sobre o amigo Carlo Ancelotti.

“Acho que ele pode ser o técnico ideal para o Brasil porque, além de saber muito sobre futebol, o que obviamente é a primeira coisa — ninguém consegue treinar no Brasil se não souber muito sobre futebol —, ele é muito bom em gerenciar jogadores, tanto pessoalmente quanto como equipe”, disse Júlio Velasco, que continuou.

“O Carlo é sempre um técnico tranquilo, que entende muito de psicologia do jogador. Ele treinou muitos brasileiros na carreira, é muito experiente, fala espanhol, italiano e inglês. E somos amigos. Desejo sorte a ele, mas não muita, porque… [risos], por razões óbvias, digamos que não. Mas desejo o melhor. Vou ligar para ele porque sei que ele tem esse jogo agora, e vou dizer o seguinte: ‘Carlo, te desejo o melhor, mas não contra a Argentina'”

Júlio Velasco, técnico da Seleção Italiana Feminina de Vôlei

Relação com a Itália

Velasco se tornou um ítalo-argentino em 1992, quando, aos 40 anos, recebeu o título de cidadão do país europeu. Naquele momento, ele já havia vencido o Mundial Masculino de Vôlei com a Itália, além de ser o ano da terceira conquista da Liga Mundial.

Com os homens italianos, ele voltou a ser campeão mundial em 1994 e terminou a passagem com cinco taças da liga mundial, além de uma medalha de prata olímpica em Atlanta 1996. Já com as mulheres da Itália, ele conquistou os dois títulos de 2024: os Jogos Olímpicos de Paris e a Liga das Nações.

Compartilhe