VÔLEI

Vôlei: Zé Roberto relembra vez que o Brasil ‘salvou’ os Estados Unidos

O técnico José Roberto Guimarães comandará a Seleção diante dos EUA nesta quinta-feira (5/6) pela Liga das Nações Feminina de Vôlei (VNL)

Das últimos cinco finais do vôlei feminino nos Jogos Olímpico, três foram entre Brasil e Estados Unidos. A rivalidade conta com episódios históricos, como relembrado pelo técnico Zé Roberto Guimarães, que destacou quando a Seleção “salvou” o adversário, e ganhará mais um capítulo nesta quinta-feira (5/6). Às 21h, o Maracanãzinho receberá o duelo entre os rivais pela segunda rodada da Liga das Nações de Vôlei (VNL).

Em Pequim 2008 e Londres 2012, o Brasil enfrentou os Estados Unidos na final e conquistou a medalha de ouro olímpica. Já em Tóquio 2020, as estadunidenses deram o troco. Só que a segunda conquista do Brasil ficou marcada por uma situação inusitada.

Na fase de grupos dos Jogos Olímpicos de Londres, a Seleção Brasileira perdeu para os próprios EUA e a Coreia do Sul e venceu Turquia e China apenas por 3 sets a 2. Desta forma, o grupo que havia sido campeão olímpico quatro anos antes chegou à última rodada sem depender só dos próprios esforços. Caso a Turquia vencesse, o Brasil ficaria fora mesmo com vitória sobre a Sérvia.

Porém, os Estados Unidos venceram as turcas e, com o triunfo diante das sérvias, a Seleção Brasileira avançou ao mata-mata. Na decisão, o Brasil reencontrou os EUA e, desta vez, bateu o rival. Ou seja, a equipe norte-americana “possibilitou” que o time verde-amarelo sobrevivesse e “foi castigado” na final.

Situação diferente nove anos antes

Esse episódio é muito comentado entre os amantes do vôlei brasileiro. Porém, Zé Roberto Guimarães relembrou um episódio anterior da rivalidade. O técnico destacou, em entrevista exclusiva ao No Ataque, uma história no primeiro ano de trabalho, em 2003, quando a Seleção poderia ter complicado a situação dos EUA rumo a Olimpíada de Atenas 2004.

“Tem um caso que pouca gente sabe. Nós salvamos os Estados Unidos em 2003 na Copa do Mundo que os Estados Unidos estavam fora da classificação. Nós tínhamos o último jogo contra a Itália e nós já estávamos classificados para a Olimpíada de 2004”, relembrou Zé Roberto, que continuou.

“Encontro com a Danielle Scott, que me pergunta: ‘Vocês vão jogar sério para ganhar ou vão perder?’ Eu falei: ‘Dani, fica tranquila, vocês vão classificar. Vocês não vão precisar jogar pré-olímpico. Nós vamos ganhar da Itália e vocês vão classificar’. E deu certo. Nós ganhamos da Itália, e os Estados Unidos entraram porque o Brasil ganhou. Senão, os Estados Unidos teriam que disputar um qualifying olímpico”

José Roberto Guimarães, técnico da Seleção Brasileira Feminina de Vôlei

O episódio relembrado por Zé Roberto conta com a participação de Danielle Scott, central estadunidense que passou pelo vôlei brasileiro na década de 2000 – jogou por times como Osasco, Praia Clube e Brasília.

“Pouco gente sabe dessa história. Fala só dessa de 2012, mas não fala e não sabe de 2003. Então, está registrado aí. Ficam sabendo que a gente também honrou a camisa nacional, ganhando um jogo que nós não precisávamos ter ganho. Botamos o time para jogar, ganhamos e deu tudo certo”, concluiu Zé Roberto.

Na Olimpíada de 2004, mencionada pelo treinador, Brasil e Estados Unidos se enfrentaram nas quartas de final, e o time de Zé Roberto Guimarães venceu por 3 sets a 2. Porém, a ida à semifinal não garantiu medalha, já que a Seleção perdeu para a Rússia e Cuba, já na disputa de terceiro lugar, em Atenas.

Compartilhe