A Itália é a mais nova bicampeã mundial no naipe feminino. Em jogo eletrizante, a seleção europeia sofreu com o poderio da oposta Vargas, mas derrotou a Turquia neste domingo (7/9), na final da competição internacional, por 3 sets a 2 (25/23, 13/25, 26/24, 19/25 e 15/8), no Indoor Stadium Huamark, em Bangkok, na Tailândia.
Com o título, as algozes do Brasil treinadas por Jorge Velasco “zeram” o vôlei e tornam-se as atuais campãs de todos os principais torneios de seleções do esporte – conquistou a medalha de ouro olímpica em Paris 2024′ , a Liga das Nações em 2024 e em 2025 e, agora, o título do Mundial Mundial.
A Itália sofreu e viu-se ameaçada em diversos momentos devido à partida espetacular da oposta Melissa Vargas, cubana naturalizada turca, que foi a maior pontuadora do jogo com 33 pontos – 28 de ataque, um de bloqueio e quatro de saque. A central Erdem também brilhou do lado euro-asiático, com 19 pontos – 14 de ataque, três de bloqueio e um de saque.
Do lado italiano, brilhou a estrela da ponteira Sylla, decisiva nos momentos mais importantes da partida. Ela foi a segunda maior pontuadora da equipe, com 19 pontos – 14 de ataque, quatro de bloqueio e um de saque. As opostas Egonu e Antropova alternaram bons momentos no jogo – a primeira pontuou 22 vezes, 18 de ataque, três de bloqueio e um de saque, enquanto a segunda colocou a bola no chão 14 vezes, 14 de ataque e duas de bloqueio.
Itália e Turquia na lista de campeões
A Itália conquista seu segundo troféu do Mundial e torna-se a terceira maior campeã da competição, ao lado de Sérvia e China.
A Turquia, por sua vez, segue em busca do título inédito. A seleção euro-asiática nunca havia conquistado medalha no torneio – assim, a prata do time treinado pelo italiano Davide Santarelli torna-se ainda mais importante.
Dupla da Itália entra para a história
Líbero de 38 anos da Itália, Monica De Gennaro se consolida entre as maiores líberos da história e entra para o seleto grupo de atletas campeãs dos Jogos Olímpicos, da Liga das Nações e do Mundial. A partida contra a Turquia foi sua última antes de se aposentar da seleção – e, justamente nela, conquistou a taça que faltava.
Curiosamente, De Gennaro conquistou o título em cima da equipe treinada por seu marido, Davide Santarelli, de 38 anos, que é o técnico da Turquia. Ambos trabalham juntos no Conegliano, da Itália, desde 2017, e são lendas do clube
Outro nome da Itália que entra para história é o de Julio Velasco. O argentino naturalizado italiano torna-se o primeiro a ter conquistado o Mundial tanto no naipe masculino – foi tricampeão com a Seleção Italiana na década de 1990 – quanto no feminino.
O jogo
A Turquia jogou melhor durante a maior parte do primeiro set no ritmo do brilho de Vargas. No entanto, na reta final, a Itália emplacou reação após sequência de bolas que oposta cubana naturalizada turca não conseguiu virar e fechou a parcial com um 25 a 23.
No entanto, as comandadas por Davide Santarelli não se abalaram e tiveram segundo set avassalador, aplicando um impressionante e surpreendente 25 a 13. Com o passe na mão, a levantadora Özbay distribuiu bem o jogo e tanto Vargas, quanto a ponteira Karakurt e as centrais Erdem e Güneş brilhassem.
O terceiro set foi o mais eletrizante. Com Egonu de volta – ela e Antropova alternaram em diversos momentos do jogo -, a Itália retomou o ritmo e começou o bem a parcial, chegando a abrir 11 a 6. A Turquia, no entanto, reequilibrou o jogo e chegou a salvar três set points da Itália, mas viu as adversárias vencerem por 26 a 24 – metade desses 26 pontos foi de responsabilidade de Egonu.
Na quarta parcial, a Turquia voltou a “sobrar” e dominar – novamente no ritmo de Vargas, que pontuou 10 vezes. Sem conseguir quebrar a recepção turca, a Itália via Özbay voltar a jogar com o passe na mão e não ter grandes dificuldades também para acionar Erdem, que desfilava sobre o bloqueio italiano. As comandadas por Santarelli fecharam o set em 25 a 19.
Curiosamente, logo o set mais curto e mais decisivo seria o único a ser dominado pela Itália. O tie-break começou bem equilibrado, mas na reta final a Itália – mais cascuda em decisões – despontou e emplacou incrível sequência de seis pontos seguidos para fechar em 15 a 8 e se sagrar campeã. Destaque para a ponteira Sylla, jogadora mais decisiva das medalhistas de ouro olímpicas no jogo e maior pontuadora da pacial, com quatro bolas no chão.