O segundo país com mais medalhas no Mundial Masculino de Vôlei está em busca do ouro mais uma vez. Enfrentando uma “seca” após três campanhas no torneio sem subir no lugar mais alto do pódio, o Brasil disputará a competição nas Filipinas entre 12 e 28 de setembro e almeja a glória alcançada em 2002, 2006 e 2010, em um histórico tricampeonato consecutivo.
Porém, para a conquista, são necessários alguns ajustes. Em entrevista exclusiva ao No Ataque, Bruninho, levantador campeão olímpico nos Jogos do Rio de Janeiro 2016, apontou alguns pontos que o Brasil deve evoluir para a conquista do Mundial. A comparação do atleta de 39 anos do Campinas, que se aposentou da Seleção em 2024, foi a disputa da Liga das Nações de Vôlei entre junho e o início de agosto.
“Todos eles sentem que a dedicação que eles tiveram durante todo o período [da VNL] foi fundamental para ter alcançado esse nível de jogo e essa confiança que eles tiveram. Então, a dedicação vai ser fundamental e eu tenho certeza que eles vão continuar ralando muito, porque eu conheço meu pai e a comissão técnica, e sei quanto eles vão fazer isso”, iniciou Bruninho.
Na VNL, a Seleção Brasileira fez grande primeira fase e terminou em primeira na classificação geral, mas foi atropelada pela Polônia, futura campeã, na semifinal – 3 sets a 0, em 2 de agosto – e ficou com a medalha de bronze após bater a Eslovênia – 3 sets a 1, em 3 de agosto. Em relação ao desempenho, Bruninho pediu mais regularidade e explosão em ataques brasileiros.
“Acho que essa constância, principalmente na parte do ataque, de você conseguir lidar e entender as situações que joga com um bloqueio e volta. A gente tem coberto bem, mas também há momentos que precisa estourar, precisa ir mesmo em uma bola alta com um bloqueio triplo, ter opções também de estourar a bola, de conseguir, cometendo poucos erros”
Bruninho, ícone do vôlei brasileiro
O Brasil tem chances de ser campeão do Mundial Masculino de Vôlei?
Na mesma reflexão sobre a evolução da Seleção Brasileira em busca da conquista no Mundial, Bruninho falou sobre as chances brasileiras no Mundial. O Brasil defende uma ótima sequência de pódios – são seis seguidos, desde 2002 -, mas quer voltar a conquistar a medalha de ouro em grandes torneios, já que a última foi na Olimpíada do Rio de Janeiro 2016, com o levantador em quadra.
“É difícil, mas temos que levar a esse limite para jogar contra times como Polônia, Itália, como acredito que a França possa chegar lá. Talvez sejam os únicos times que eu vejo um pouco acima”, disse Bruninho, que continuou.
“O Brasil pode disputar com todos, mas talvez esses estejam um passinho acima. Temos que ter essa continuidade no ataque e ler bem os momentos para poder forçar um pouco mais, conseguir rejogar. Esse equilíbrio do nosso ataque será fundamental”, concluiu o campeão olímpico.
