A China já não joga por mais nada no Campeonato Mundial Masculino de Vôlei, pois perdeu seus dois primeiros jogos e não tem chances de classificação para as oitavas de final. Mas, para o Brasil, a seleção asiática é a única esperança. Entenda porque a Seleção precisa torcer para os comandados do belga Vital Heynen nesta quinta-feira (18/9).
Com a derrota surpreendente por 3 sets a 0 para a Sérvia nesta madrugada (de Brasília), a Seleção não fez o “dever de casa” – bastava vencer uma parcial para garantir a classificação e vencer duas para sacramentar a liderança. Mas, como perdeu todas, já sabe que se conseguir passar de fase, vai ser como segundo – e há chance clara de eliminação ainda na fase inicial.
Já classificada, a Sérvia soma seis pontos, seis sets vencidos e três perdidos e é a líder do Grupo H. O Brasil tem os mesmos seis pontos, mas perdeu um set a mais e, por isso, é o segundo. Mas, se a República Tcheca vencer a China em duelo que se inicia às 10h desta quinta, no Mall of Asia Arena, em Pasay, nas Filipinas, pode tomar a vaga da Seleção e deixá-la de fora do mata-mata.
Entenda os cenários
A Tchéquia tem três pontos e, se vencer a China sem tie-break, chega a seis e empata com o Brasil. Se a vitória for por 3 sets a 0, a Seleção é eliminada, pois a Tchéquia teria melhor saldo de sets – ou seja, teria as mesmas duas vitórias e seis sets vencidos que o time verde-amarelo, mas com um set perdido a menos (três, enquanto o Brasil tem quatro) e, assim, levaria a melhor no desempate.
Assim, os brasileiros têm que torcer para que a China ganhe ao menos uma parcial. Mas, ainda assim, isso é incerto. Se a China perder por 3 sets a 1, a Tchéquia ainda pode passar o Brasil no critério do saldo de pontos pontuação – ambos teriam mesmo número de vitórias, sets vencidos e sets perdidos, então a decisão seria pela equipe que apresenta melhor saldo de pontos (divisão entre pontos marcados e pontos sofridos).
Nesse cenário, portanto, os tchecos, que hoje têm saldo 0,9 (126 marcados/140 sofridos), teriam que ultrapassar os 1,073 (233 marcados/217 sofridos) do Brasil. Seria necessário, portanto, vencer parciais por diferenças muito elásticas, como 25 a 10 ou 25 a 13.
Se a China ganhar dois sets, a Seleção não precisa se preocupar. Mesmo que os asiáticos perdessem, os tchecos chegariam a no máximo cinco pontos e não conseguiriam ultrapassar os seis do time de Bernardinho. Veja, abaixo, um resumo dos cenários aqui explicados.
- Vitória da Tchéquia sobre a China por 3 sets a 0 – Brasil eliminado
- Vitória da Tchéquia sobre a China por 3 sets a 1 – Brasil passa, a não ser que a Tchéquia consiga sets muito elásticos e eleve o saldo de pontos de 0,900 para mais de 1,073
- Vitória da Tchéquia sobre a China por 3 sets a 2 – Brasil passa
- Vitória da China sobre a Tchéquia por 3 sets a 2 – Brasil passa
- Vitória da China sobre a Tchéquia por 3 sets a 1 – Brasil passa
- Vitória da China sobre a Tchéquia por 3 sets a 0 – Brasil passa
