VÔLEI

Vôlei: com Bernardinho de luto, Brasil sucumbe à Sérvia e fica ameaçado no Mundial

Seleção Masculina de Vôlei jogou mal, foi dominada pela Sérvia e depende de resultado de outro jogo para ir às oitavas do Mundial

O Brasil precisava vencer apenas um set para garantir a vaga nas oitavas do Mundial Masculino de Vôlei sem depender de outros resultados. Mas a Seleção não conseguiu, e agora teme ver a classificação escorrer pelas mãos. Na madrugada desta quinta-feira (18/9), o time verde-amarelo viu a Sérvia ser dominante em todos os fundamentos, jogou mal e perdeu por 3 sets a 0 (25/22, 25/20 e 25/22) na Mall of Asia Arena, em Pasay, nas Filipinas, pela terceira rodada do Grupo H da competição.

Horas antes do jogo, uma notícia mudou os rumos do dia da Seleção Masculina: Maria Ângela Rezende, mãe de Bernardo, morreu no Rio de Janeiro aos 90 anos. Mesmo de luto, o técnico decidiu comandar a equipe – no aquecimento, não conseguiu conter o choro e foi consolado pelo capitão Lucarelli.

Dentro de quadra, o Brasil entrou menos vibrante que a Sérvia, que jogava a vida no Mundial e precisava vencer a todo custo. Agressiva, a seleção do leste europeu foi comandada por atuação de gala do oposto Luburic e dos ponteiros Peric e Kujundzic, que impuseram grandes dificuldades ao passe e às coberturas defensivas da Seleção. Confiantes, os europeus levavam a melhor em um contraste com um Brasil que, desde o início, parecia desligado defensivamente e não apresentava o mesmo poderio ofensivo dos dois primeiros jogos.

Com o resultado, a Sérvia se garante nas oitavas de final – com os mesmos seis pontos da Seleção, a equipe leva a melhor no desempate por ter menos sets perdidos (três, enquanto o Brasil perdeu quatro). O Brasil, contudo, segue com grandes chances de passar de fase – basta torcer para que a República Tcheca, que enfrenta a já eliminada China a partir das 10h desta quinta-feira (18/9), também no Mall of Asia Arena, não ganhe por 3 sets a 0.

O jogo

Bernardinho repetiu a escalação titular das vitórias por 3 sets a 1 sobre a China, na estreia, e por 3 sets a 0 sobre a Tchéquia, na segunda rodada: Flávio, Judson, Lucarelli, Arthur Bento, Alan, Cachopa e Maique. Técnico da Sérvia, Gheorghe Cratu levou a quadra: Lubiric, Jovovic, Gajovic, Stefanovic, Kujundzic, Peric e Negic.

O primeiro set foi de extremo equilíbrio e várias alternâncias de domínio. O Brasil começou bem nas bolas de meio, com destaque para o central Flávio, o primeiro do jogo a pontuar nos três fundamentos – ataque, saque e bloqueio -, que colocou cinco bolas no chão na parcial. Na reta final, o destaque ofensivo passou a ser o oposto Alan, bola de confiança de Cachopa e de todo o time. No entanto, a Sérvia atacava melhor e forçava mais no saque – mesmo errando mais, conseguia quebrar o passe brasileiro.

Do lado verde-amarelo, por mais que Alan brilhasse – foi o maior pontuador da equipe na primeira parcial, com sete pontos – os outros atacantes – a dupla de ponteiros formada por Lucarelli e Arthur Bento deixou a desejar – o primeiro colocou duas bolas no chão, enquanto o segundo, capitão do time, apenas uma. Embalada pelo poderio do oposto Luburic, maior pontuador do set com oito tentos, a Sérvia despontou no fim e fechou o primeiro set point que teve: 25 a 22.

O segundo set foi dominado pela Sérvia do início ao fim. Pouco ligado nas coberturas defensivas, o Brasil via um adversário embalado, confiante e mais mobilizado, já que jogava a vida na competição e precisava ganhar de todo jeito. A seleção do leste europeu brigava por cada bola e não demorou a abrir vantagem de cinco pontos – 14 a 9 – pela primeira vez no jogo.

E a margem se manteve até o fim – tudo parecia dar certo para os sérvios que, liderados por um Luburic soberano – que voltou a pontuar oito vezes no segundo set -, superavam até bloqueios simples. Bernardinho tentou reenergizar a Seleção na reta final da parcial com as entradas do levantador Brasília no lugar de Cachopa, do ponteiro Honorato no lugar de Arthur e de Darlan na vaga do irmão mais velho Alan. No entanto, a Sérvia seguiu dominante e fechou a etapa em 25 a 20.

A Sérvia seguiu dominante no início do terceiro set, rapidamente emplacou quatro pontos seguidos e abriu boa vantagem – 6 a 2. O Brasil ensaiu reação e chegou a reduzir a margem para dois, mas viu os sérvios retomarem o batente com a agressividade de Luburic e Peric e seguirem impondo seu domínio. Com Honorato na ponta e nova inversão com as entradas de Darlan e Brasília, Bernardinho voltou a tentar reenergizar a Seleção – que volto a encurtar para dois a vantagem rival, 20 a 18 -, mas viu o poderio ofensivo sérvio não titubear e fechar o set e a partida em 25 a 22.

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