NO ATAQUE COM NYEME

Nyeme diz que relação com Zé Roberto é ‘tipo pai e filha’: ‘A gente briga, mas se ama’

Líbero do Minas, Nyeme detalhou relação com Zé Roberto, técnico da Seleção Brasileira Feminina de Vôlei, em entrevista exclusiva ao No Ataque

Foto do autor
Compartilhe
google-news-logo

Nyeme e Zé Roberto Guimarães ão escondem: os dois têm uma conexão muito forte entre si. Em entrevista exclusiva ao No Ataque, a líbero que está de volta ao Minas detalhou sua relação com o técnico da Seleção Brasileira Feminina de Vôlei, com o qual foi medalhista olímpica de bronze em Paris 2024′.

Anunciada pelo time belo-horizontino na última sexta-feira (19/9), a maranhense de 26 anos havia dado pausa no vôlei após o bronze na Olimpíada da França, em agosto do ano passado. Em outubro, ela engravidou e, em maio, deu a luz à pequena Antonella, hoje com pouco mais de quatro meses.

Mesmo fora da última temporada de seleções devido à licença maternidade, Nyeme contou que continuou conversando com Zé Roberto para desejar boa sorte ao time antes dos jogos na Liga das Nações e do Mundial.

“Com ele (Zé) eu conversava quase sempre antes dos jogos. Eu falava: ‘Zé, bom jogo. Estamos aqui torcendo’. Aí ele: ‘Obrigada, Nye, que bom que você está nos assistindo, dá um beijo na Antonella, no Micael’, com aquela voz grave dele. Eu sempre mandava mensagem nesses momentos, principalmente mais importantes, do campeonato e ele sempre me respondia”, iniciou.

“Mas a minha relação com o Zé é muito boa, desde sempre. Assim, a gente briga, mas é tipo pai e filha, a gente briga, mas a gente se ama” 

Nyeme, ao No Ataque

Como Nyeme reagiu à inscrição no Mundial de Vôlei

Em agosto, a líbero foi surpreendida – mesmo menos de três meses após ter parido e parada por mais de um ano, recebeu a notícia de que havia sido inscrita por Zé Roberto para a disputa do Mundial de Vôlei, entre o fim do mês e o início de setembro. Ao No Ataque, ela contou como reagiu.

Eu estava dormindo, quando acordei foi um turbilhão de mensagens. Falei: ‘Gente, o que está acontecendo aqui?’ Aí, acho que foi o Micael que viu primeiro. Ele falou: ‘O Zé te inscreveu no Mundial’. Eu falei: ‘Eu não acredito nisso’ (risos). Não, mas é por precaução, né, caso acontecesse alguma coisa com as meninas, eu estaria ali’. Não sei o que eu ia fazer, mas eu ia de qualquer jeito.

Nyeme

A maranhense não chegou a ser convocada para defender o Brasil, apenas inscrita. As jogadoras da posição que foram para a Tailândis disputar a competição foram Marcelle – titular absoluta do início ao fim – e Laís, que começou a Liga das Nações como titular, mas perdeu a posição para a jovem de 23 anos do Fluminense e sequer chegou a entrar em partidas do Mundial.

A carreira de Nyeme

Nascida em Barra do Corda, no sertão do Maranhão, Nyeme deu seus primeiros passos no esporte no Maranhão Vôlei mas, ainda na adolescência, mudou-se para São Paulo para jogar nas categorias de base do extinto ADC Bradesco.

Após três meses por lá, migrou para o Barueri, onde começou a chamar atenção do cenário nacional e conquistou seu primeiro título como profissional: o Campeonato Paulista de 2019. Foram duas temporadas no clube fundado por Zé Roberto Guimarães antes de, em 2021/22, migrar para o Bauru.

Nyeme brilhou na primeira e única temporada no time do interior de São Paulo – foi campeã da Copa Brasil e uma das melhores líberos da Superliga de Vôlei. O bom desempenho motivou o Minas, atual campeão da competição, contratá-la para substituir Léia, ícone do clube, que fez o caminho inverso aos 37 anos – para ficar mais próxima da família, a paulista saiu de Belo Horizonte e fechou com o Bauru.

Duas temporadas na Rua da Bahia foram o bastante para que a maranhense caísse nas graças da torcida, se transformasse em ícone do clube e passasse a figurar na lista de maiores líberos da história da equipe. entre 2022/23 e 2023/24, Nyeme conquistou cinco títulos pelo Minas: um Campeonato Mineiro (2022/23), uma Supercopa (2023/24), uma Copa Brasil (2022/23), uma Superliga (2023/24) e um Sul-Americano (2023/24).

Na Seleção Brasileira, a jogadora recebeu sua primeira convocação em 2021, quando conquistou a prata da Liga das Nações (VNL). No ano seguinte, foi vice-campeã novamente do torneio e também foi prata no Mundial. Em 2024, Nyeme brilhou na VNL e conquistou de vez o posto de líbero titular do time verde-amarelo para os Jogos Olímpicos de Paris 2024′. Na França, a maranhense foi uma das grandes destaques do Brasil e foi crucial para a conquista da medalha de bronze.

Compartilhe
google-news-logo