O técnico argentino Gabriel Milito aprovou a atuação do Atlético no empate com o Corinthians, por 0 a 0, neste domingo (14/4), na Neo Química Arena, em São Paulo. O Galo estreou na Série A do Campeonato Brasileiro em partida com polêmicas de arbitragem, voltando com um ponto importante na bagagem para Belo Horizonte.
O duelo na Neo Química foi condicionado pela expulsão do volante Rodrigo Battaglia, do Atlético, nos acréscimos do primeiro tempo. O Galo, que tinha tentado adotar proposta ofensiva na primeira parte do confronto, teve de mudar a ideia de jogo na etapa complementar.
Milito se mostrou satisfeito com o que viu dos atletas em São Paulo. Ele parabenizou os jogadores pela entrega no empate com o Timão.
“Felicitar os jogadores. Temos que competir assim, com essa mesma paixão, com esse mesmo desejo. Esse é o ponto de partida. Demonstraram o que eu quero, um desejo para o que eu quero ver. E hoje vi isso. 11 contra 11 e depois 11 contra 10, em distintas situações. A equipe jogou com paixão, com autoridade, contra um rival muito difícil. E assim temos que fazer sempre. É nossa identidade. Deve ser a nossa identidade. Tentaremos sustentar e ter regularidade, porque são muitos jogos no Brasileirão. Temos que ter esse comportamento: o de hoje.”
Gabriel Milito, técnico do Atlético
Milito analisa empate entre Corinthians e Atlético
O treinador argentino também analisou as nuances táticas do empate entre Corinthians e Atlético. A princípio, o “Marechal” enfatizou que a ideia de jogo do Galo era vencer a partida na Neo Química Arena.
“Viemos com a intenção de fazer nosso jogo e ganhar. Essa é a realidade. Logicamente que o jogo foi totalmente condicionado com a expulsão do Battaglia, que nos deixou com um a menos. Isso nos obrigou a mudar o plano de jogo. Tivemos que ficar um pouco mais no nosso campo e tentar atacar no contra-ataque”, afirmou.
No primeiro tempo, a ideia do Atlético era impedir as saídas curtas do Corinthians e ser protagonista a partir da posse de bola. Para Milito, faltou capricho nas oportunidades em que o Galo chegou no campo de ataque.
“No primeiro tempo, o plano era pressionar no campo deles. Que não pudessem jogar de forma curta, porque é uma equipe de muita qualidade. Se jogassem curto, iam progredir no campo e gerar muito perigo. Então, muitas vezes jogamos mano a mano na metade do campo e tiramos muitas bolas”, avaliou.
“Tivemos muitos contra-ataques com sensação de perigo que não se traduziram em chances de gols, porque não finalizamos de maneira fina. Mas eram ocasiões claras para se converter em situações de gol e em gols, a partir da nossa recuperação. O primeiro tempo do jogo foi mais que aceitável e muito bom por parte de toda a equipe”, prosseguiu.
Depois, na etapa complementar, o Atlético atuou em um 5-3-1 na fase defensiva, com três zagueiros na última linha e Paulinho compondo o meio-campo no momento de marcar. No último lance, Scarpa quase marcou de falta.
“No segundo tempo, tivemos de jogar com muita ordem, com muito coração, com esforço, porque tínhamos um jogador a menos. Tínhamos que controlar seus ataques e sentíamos que alguma situação teríamos a partir do contra-ataque. Tivemos também sensação de perigo. Inclusive, quase ganhamos na última jogada com Scarpa”, encerrou Milito.
O Atlético volta a campo na quarta-feira (17/4), a partir das 20h, quando enfrentará o Criciúma na Arena MRV, em Belo Horizonte. A partida será disputada pela segunda rodada do Campeonato Brasileiro.