CAMPEONATO BRASILEIRO

Lyanco assume que deveria ter sido expulso em Atlético x Corinthians

Defensor do Galo quebra protocolo e entende que decisão do árbitro de não expulsá-lo nesse sábado (24/5) foi incorreta

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O zagueiro Lyanco quebrou o protocolo e assumiu que deveria ter sido expulso durante o empate por 0 a 0 entre Atlético e Corinthians nesse sábado (24/5), na Arena MRV, em Belo Horizonte, pela 10ª rodada do Campeonato Brasileiro.

Aos 34 minutos do primeiro tempo, o defensor atleticano – que era o último homem da zaga – falha e segura a camisa do atacante Héctor Hernández, do Corinthians. O espanhol caiu e levou a mão ao rosto pedindo falta e uma punição a Lyanco, que já tinha cartão amarelo por uma infração anterior no lateral-esquerdo Matheus Bidu.

No entendimento do ex-árbitro Paulo Cesar de Oliveira, comentarista de arbitragem do Grupo Globo, o zagueiro deveria ter recebido outro cartão amarelo e, consequentemente, o vermelho. Contudo, o árbitro Rafael Rodrigo Klein não o advertiu novamente. Como o lance não era para expulsão direta, o VAR – comandado por Daniel Nobre Bins – não deveria intervir, como de fato não o fez.

Lyanco assume que deveria ter sido expulso

Lyanco concorda que deveria ter sido expulso da partida e indicou que entenderia que recebesse, inclusive, o vermelho direto, já que era o último homem na marcação atleticana. Porém, o defensor acha que a cena protagonizada por Hernández, que levou a mão ao rosto e rolou no gramado de forma exagerada, influenciou a arbitragem a não advertí-lo.

“Eu acho que o árbitro interpretou daquela forma pela forma que o jogador caiu no chão com a mão no rosto. Então, eu acho que ele interpretou daquela forma de não ser tão forte assim. Se ele [Héctor Hernández] não caísse no chão, só parasse um pouco, talvez ele me expulsaria”, disse Lyanco.

“Eu acho que isso me ajudou um pouco, mas acho que era sim um lance pra cartão, um lance para expulsão. Eu era o último homem ali. Eu fui dar a bola no Rubens (lateral-esquerdo do Atlético), acabou que ele ficou na minha frente e eu tive que tentar cortar”, completou o zagueiro.

Cuca concorda com zagueiro

Cuca, técnico do Atlético - (foto: Leandro Couri/EM/D.A. Press)
Cuca, técnico do Atlético(foto: Leandro Couri/EM/D.A. Press)

O técnico Cuca, do Atlético, também acha que o defensor poderia ter sido expulso. “Eu acho que ele poderia ter dado o segundo amarelo para o Lyanco. Talvez ele tenha interpretado que não porque o rapaz caiu com a mão no rosto e foi no peito. São coisas que ele pode ter um sentimento diferente, mas ele poderia ter dado o segundo cartão”, admitiu o treinador.

“Eu não sou advogado de árbitros, mas está difícil ser árbitro. Está muito difícil ser árbitro. É uma pressão dentro de campo, fora de campo, dos treinadores, nos corredores. Não é aqui. É em todo o lugar. E os caras são seres humanos. Eles também têm sentimentos e, às vezes, erram”, seguiu.

“Não adianta ficar criticando a arbitragem sabendo o problema que tem: a falta de profissionalização. Se você profissionalizar os árbitros… Olhem a importância que eles têm, mexem com milhões de investimento e não são profissionais. Se profissionalizar, ele vai viver daquilo, se dedicar mais e errar menos. É o natural. Não adianta o VAR, porque tem chances, como do Lyanco, que não são do VAR. Não adianta crucificar o árbitro porque erram, mas não tem maldade”, completou Cuca.

Corinthians reclama da arbitragem

O Corinthians, por sua vez, tornou pública a indignação com a arbitragem do jogo, em especial por conta da não expulsão de Lyanco. Diretor executivo de futebol do clube, Fabinho Soldado reclamou em fala à imprensa.

“A partir de hoje, o Corinthians não faz mais nenhum envio de ofício para a CBF porque vamos ficar aqui toda rodada, todas as vezes que nós estamos sendo prejudicados, e, hoje, a arbitragem interferiu no jogo em um lance normal, em que o árbitro estava perto do defensor do Atlético [Lyanco]. Era um segundo amarelo e interferiria na partida”, disse.

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