CRUZEIRO

Irresponsabilidade tira do Cruzeiro o maior trunfo na luta contra rebaixamento

Cruzeiro foi punido pelo STJD com jogos sem torcida devido à invasão e briga da torcida dentro de campo no jogo contra o Coritiba
Foto do autor
Compartilhe

Chamados de ‘vândalos’ pelo CEO do Cruzeiro, Gabriel Lima, alguns torcedores celestes prejudicaram mais uma vez o time fora de campo em 2023. O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) confirmou que punirá preventivamente a equipe celeste com jogos sem torcida devido ao incidente na Vila Capanema, nesse sábado (11/11) – integrantes de uma organizada invadiram o campo e provocaram uma ‘batalha campal’ no final do jogo vencido pelo Coritiba por 1 a 0. A ausência de apoio nos estádios pode prejudicar o desempenho esportivo, que já não é animador.

O Cruzeiro está na 17ª posição do Campeonato Brasileiro, com 37 pontos, e luta para se manter na elite nacional.

A sanção do órgão esportivo aplicada a Cruzeiro e Coritiba é válida por 30 dias. Com isso, o clube mineiro não contará com o apoio de sua torcida nos jogos decisivos da reta final da Série A.

Dessa forma, a equipe estrelada jogará contra Fortaleza (Castelão), Vasco (Mineirão), Goiás (Serrinha), Athletico-PR (Mineirão), Botafogo (Engenhão) e Palmeiras (Mineirão) sem ninguém nas arquibancadas.

Batalha campal em Coritiba x Cruzeiro

O conflito começou aos 45 minutos do segundo tempo, quando o atacante Robson completou um cruzamento numa cobrança de falta e abriu o placar para o Coritiba. Logo depois, torcedores do Cruzeiro invadiram o gramado na parte de trás do gol defendido por Rafael Cabral.

De outra parte das arquibancadas, os coxa-brancas, em maioria, também saltaram as proteções das arquibancadas e invadiram o campo. Foi aí que a confusão se tornou generalizada. Torcedores dos dois times brigaram em campo.

Demorou até que a segurança do estádio conseguisse conter minimamente a confusão. A partida ficou paralisada por 30 minutos até ser retomada e finalizada com a derrota celeste.

Punição à Raposa em 2024

Não foi a primeira penalidade imposta ao Cruzeiro em 2023. A Raposa foi julgada e punida pelo Tribunal de Justiça Desportiva de Minas Gerais (TJD-MG) por incidentes na vitória por 2 a 1 sobre a Caldense, no Ronaldão, em Poços de Caldas, pela 7ª rodada do Campeonato Mineiro.

Caldense 1 x 2 Cruzeiro - (foto: Staff Images/Cruzeiro)
Cruzeiro terá que cumprir punição em 2024 por incidente em jogo contra a Caldense no Mineiro de 2023(foto: Staff Images/Cruzeiro)

Em março, o Cruzeiro perdeu dois mandos de campo em decorrência de uma bomba arremessada no gramado, na partida disputada no dia 23 de fevereiro. Contudo, o TJD acatou o recurso do clube celeste e mudou a punição.

O time celeste terá que cumprir apenas uma partida no primeiro compromisso como mandante no Estadual de 2024, com presença exclusiva de mulheres e crianças nas arquibancadas. Os torcedores gerais só voltarão aos estádios no segundo jogo.

A medida corretiva feita ao Cruzeiro se assemelha à aplicada pelo TJD-PR aos rivais Athletico-PR e Coritiba no início deste ano. Os clubes foram punidos após briga entre torcedores em fevereiro de 2022.

Inicialmente, os times da capital paranaense jogariam as rodadas iniciais do estadual de portões fechados. Entretanto, os clubes propuseram ao órgão que as arquibancadas fossem ocupadas por mulheres e crianças de até 12 anos.

A medida teve êxito no Sul do país. O Athletico-PR colocou 32 mil pessoas na Arena da Baixada, enquanto o Coritiba recebeu mais de 8 mil no Couto Pereira.

Compartilhe