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Cruzeiro: ex-árbitro afirma que pênalti de Bruno Rodrigues deveria ser repetido

Comentarista de arbitragem analisou rebote do chute e contou porque acredita que o VAR deveria mandar voltar a cobrança; veja o que ele disse
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Comentarista do Grupo Globo, o ex-árbitro Paulo Cesar de Oliveira afirmou que o pênalti batido por Bruno Rodrigues durante a partida do Cruzeiro contra o Athletico-PR, nessa quinta-feira (30/11), no Mineirão, deveria ter sido repetido.

Aos 28 minutos do segundo tempo do jogo, quando o time paranaense vencia por 1 a 0, o meia Matheus Pereira sofreu pênalti após ser deslocado dentro da área. Bruno assumiu a responsabilidade de cobrar e bateu firme no canto esquerdo, mas parou no goleiro Bento, que fez grande defesa.

No rebote, Marlon isolou. Contudo, o lance motivou debate no programa Troca de Passes, minutos após o final da partida. Ao analisá-lo, o comentarista de arbitragem PC de Oliveira identificou irregularidade que poderia ser analisada pelo VAR.

Por que o pênalti deveria ser repetido?

No momento da cobrança do pênalti, a regra diz que todos os jogadores devem estar fora da grande área e fora da meia-lua. Mas não foi isso que aconteceu no Mineirão – dois jogadores invadiram a área “proibida” antes do chute: Matheus Pereira, da Raposa, e Fernandinho, do Athletico.

“Quando há invasão dupla, de acordo com a regra, independentemente do resultado da cobrança, o pênalti deve ser repetido”, apontou PC de Oliveira. Contudo, o comentarista disse que a aplicação dessa infração está em desuso. Ele afirmou que, quando a invasão não tem impacto no jogo, a responsabilidade é do árbitro de campo, que, na maioria das vezes, opta por seguir com a partida e não mandar voltar a cobrança.

Entretanto, PC destacou que Fernandinho, um dos jogadores que invadiu a área antes da cobrança, pode ter participado diretamente do lance do rebote. Após a defesa de Bento, o volante se atirou com um carrinho para tentar travar o chute de Marlon (e, inclusive, se chocou com o lateral após o chute). A finalização foi para fora, mas o comentarista levantou o debate de que a ação de atleta do Athletico pode ter impactado na conclusão do defensor do Cruzeiro.

“Quando tem uma invasão e o jogador (que invadiu) tem impacto no jogo – por exemplo, um companheiro do batedor invade a área e faz o gol no rebote, ou o defensor invade a área e impacta no jogo -, o VAR tem que intervir. Deixa de ser uma ação do árbitro de campo, e passa a ser uma situação protocolar de intervenção do VAR. A questão é se o Fernandinho participou ou não do lance. Temos que avaliar se a ação dele, o carrinho, que até gerou um contato (com Marlon) pós-chute, tem impacto na finalização do Marlon a ponto de o VAR ter que intervir”, afirmou PC de Oliveira.

PC de Oliveira, comentarista de arbitragem do Grupo Globo

O ex-árbitro levou a questão para debate entre os integrantes do programa. Alex, ex-jogador de Internacional e Corinthians e hoje comentarista do Sportv, apontou que a ação de Fernandinho atrapalha o chute e defendeu que o pênalti deveria ser batido novamente. Após discussão entre os presentes no programa, PC deu a opinião dele sobre o lance.

“Essa ação do Fernandinho, dando esse carrinho, com essa agressividade, foi uma ação para bloquear o chute, com contato, derrubando o Marlon na sequência. Pra mim teve impacto na finalização e no mental do Marlon e era um lance para mandar voltar a cobrança.”

PC de Oliveira, ex-árbitro e comentarista do Grupo Globo

Todos os outros comentaristas do Troca de Prasses concordaram com a avaliação de PC, que aaproveitou a oportunidade para criticar o VAR. Ele afirmou que os árbitros de vídeo “não estão querendo se complicar” nessa reta final do Brasileiro e, por isso, não quiseram assumir o risco no lance polêmico após a cobrança de Bruno Rodrigues.

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