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CEO do Fortaleza diz por que recusou jogo no Mineirão contra Cruzeiro

Marcelo Paz, CEO do Fortaleza, revelou que Alexandre Mattos, CEO do Cruzeiro, tentou convencê-lo de jogar no Mineirão
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A atual diretoria do Cruzeiro tentou até o último momento mudar o local da partida contra o Fortaleza, pela 21ª rodada do Campeonato Brasileiro, mas não conseguiu. A negativa tem uma explicação simples. Marcelo Paz, CEO do clube cearense, não aceitou voltar o mando do jogo do estádio Kléber Andrade, em Cariacica, no Espírito Santo, para o Mineirão, em Belo Horizonte. 

Em entrevista ao programa Boleiragem, do SporTV, após a vitória tricolor por 2 a 1, nessa segunda-feira (5/8), Marcelo Paz revelou o motivo de não ter aceitado a mudança da praça esportiva dias antes do confronto direto. De acordo com o dirigente, Alexandre Mattos, CEO do Cruzeiro, tentou convencê-lo durante a semana passada, mas não teve sucesso. 

“Chegou sim o contato. Foi ligado para mim diretamente e, de imediato, a gente cortou a possibilidade, porque pegar o Cruzeiro no Mineirão com 60 mil pessoas eu não queria, né. Então, uma oportunidade de jogar aqui (no Kléber Andrade) para 10 mil pessoas, com gramado igual para os dois, pois eles não conhecem o gramado, igual nós também não conhecíamos. Eles tendo que viajar também igual a gente. Certamente, era alguma vantagem que a gente passaria a ter do que seria no Mineirão”, iniciou. 

“Cortei de imediato a possibilidade e falei: ‘Alexandre (Mattos), não tem chance, esquece. Eu sei que você está no seu papel de me ligar, mas não dá para a gente fazer isso agora. Já estamos com a logística definida e não vamos mudar’. E eles entenderam normalmente. Eles estavam no papel de tentar reverter, mas o Fortaleza rechaçou”.

– Marcelo Paz, CEO do Fortaleza.

Marcelo Paz enxergou ‘ganho esportivo’

Marcelo Paz disse que o Leão do Pici enxergou uma vantagem ao atuar contra o Cruzeiro fora de Minas Gerais e se aproveitou dela. O diretor acreditava que se o duelo fosse no Mineirão, o time cearense teria muito mais dificuldades para vencer. Por isso, focou no que chamou de “ganho esportivo”. 

“A gente prefere o ganho esportivo. Prefere a possibilidade de, quem sabe, se tivesse conseguido um empate ia ser bom, mas veio a vitória. A gente sabe que no Mineirão seria muito mais difícil para o Fortaleza. Então, veio para cá e a gente conseguiu essa vitória”, concluiu. 

A mobilização do Cruzeiro para a reversão do mando de campo foi feita logo após a vitória por 3 a 0 sobre o líder Botafogo, no Engenhão, pela primeira rodada do returno. Contudo, não teve sucesso devido ao tempo hábil para a mudança. 

O Cruzeiro teria que ter avisado a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) da intenção de troca da praça esportiva com 10 dias úteis antes do jogo. Depois desse prazo, como foi o caso, seria necessário o aval da equipe visitante para que houvesse a mudança. 

Cruzeiro vendeu mando de campo na gestão Ronaldo

Ainda sob a gestão de Ronaldo Nazário à frente da SAF, o Cruzeiro vendeu quatro mandos de campo no Brasileirão, sendo o primeiro deles diante do Fortaleza. A Raposa abriu mão de atuar no Gigante da Pampulha para sediar o jogo em Cariacica. 

Segundo apurou a reportagem de No Ataque, o Cruzeiro ganhou R$ 1 milhão por ter transferido a responsabilidade da organização do jogo para uma empresa de comunicação. A quantia foi embolsada ainda no início da temporada. 

A segunda partida com mando do Cruzeiro fora de Minas Gerais será diante do São Paulo, em setembro, com data e horário a definir. O duelo pela 26ª rodada será disputado no Mané Garrincha, em Brasília. 

Os outros dois compromissos pendentes entre Cruzeiro e a empresa de comunicação foram desfeitos por Pedro Lourenço, novo dono da SAF celeste. O mandatário conseguiu cancelar o acordo e manter os jogos do time mineiro no Gigante da Pampulha.

Pedrinho agora tenta quebrar o contrato com a empresa para sediar o jogo contra o São Paulo no Mineirão. Para que isso ocorra, o clube mineiro precisa pagar a multa prevista e comunicar a CBF da mudança com antecedência.

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