AMÉRICA

Ídolo do América, Juninho toma decisão sobre futuro

Jogador com mais partidas pelo América, Juninho se despedirá do clube no duelo com o Brusque pela última rodada da Série B
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Um dos maiores ídolos da história do América, Juninho enfim tomou a decisão sobre seu futuro. A carreira no futebol terá continuidade fora do CT Lanna Drumond. Assim, o camisa 8 se despedirá do Coelho na partida contra o Brusque, às 18h30 de domingo (24/11), no Independência, pela última rodada da Série B.

O No Ataque confirmou nesta quinta-feira (21/11) que Juninho sairá do clube por opção própria. A diretoria americana tinha interesse em renovar o vínculo do meio-campista de 37 anos, que passou os últimos dias por momentos de reflexão. Simultaneamente, o staff do jogador recebeu propostas de equipes das Séries A e B.

O Goiás é um dos interessados em Juninho. Inclusive, o ge.globo cravou que o volante já assinou pré-contrato com o clube esmeraldino. Fontes ouvidas pelo No Ataque adotam cautela e garantem que não há nada certo até o momento. Todavia, o fato de o atleta ser natural de Aparecida de Goiânia pode facilitar no acerto.

O duelo de domingo também será a “última dança” do meia Moisés, que se aposentará do futebol aos 36 anos de idade. Nono colocado da Série B, com 55 pontos, o América apenas cumprirá tabela diante do já rebaixado Brusque (19º, com 36).

Juninho no América

Juninho chegou ao América em maio de 2016, vindo da Ferroviária, de São Paulo. Na época, ele tinha 29 anos e era um jogador de características de marcação. No Coelho, transformou-se em um meio-campista dinâmico, versátil e de muita movimentação. Além de aprimorar aspectos táticos e de posicionamento, tornou-se participativo em passes para os companheiros e finalizações.

Em nove temporadas, Juninho disputou 438 jogos (437 oficiais e um amistoso) e estabeleceu um recorde de atuações no América. Mesmo sem ser cobrador de faltas, escanteios e pênaltis, marcou 37 gols (todos com a bola rolando) e deu 31 assistências. O volante virou referência técnica dentro de campo e exemplo de liderança, disciplina e dedicação para a instituição.

Pelo Coelho, Juninho conquistou a Série B de 2017 e fez parte de outros grandes momentos, como o acesso para a Série A em 2020 (vice-campeão), as duas campanhas de destaque no Brasileirão (8º lugar em 2021 e 10º lugar em 2022) e as presenças na Copa Libertadores de 2022 e na Copa Sul-Americana de 2023.

Início tardio no futebol

Juninho teve início tardio no futebol profissional. A primeira oportunidade veio apenas aos 22 anos, no Aparecida Esporte Clube, de sua cidade natal em Goiás. Antes, o ídolo do América trabalhava em um supermercado. Lá, executou tarefas de açougueiro, atendente de caixa, serviços gerais, entre outros. Paralelamente, jogava no time amador bancado pelo antigo patrão.

Tão logo se firmou no mundo da bola, Juninho foi ganhando espaço. Ele saiu do Aparecida, da terceira divisão goiana, para o Rio Verde, da elite estadual. Posteriormente, representou Mogi Mirim, Athletico-PR, Ponte Preta, Ferroviária e, por fim, América, onde atingiu marcas expressivas e gravou seu nome na memória dos fãs alviverdes.

Jogadores que mais atuaram pelo Coelho

  • 1- Juninho – 438 jogos (volante; 2016 a 2024);
  • 2- Milagres – 372 jogos (goleiro; 1991 a 2001);
  • 3- Gaia – 360 jogos (volante; 1945 a 1958);
  • 4- Tonho – 325 jogos (goleiro; 1947 a 1958);
  • 5- Wellington Paulo – 307 jogos (zagueiro; 1990 a 1993 / 1997 / 1998 a 2002 / 2005 a 2006 / 2009 a 2010);
  • 6- Colatina – 304 jogos (lateral-direito; 1979 a 1989)
  • 6- Estevam – 304 jogos (lateral-direito; 1992 a 2000)
  • 8- Taú – 296 jogos (volante; 1991 a 1998);
  • 9- Ricardo Evaristo – 279 jogos (zagueiro; 1988 a 1993 / 1996 a 2000);
  • 10- Irênio – 275 jogos (meia; 1994 a 2000 / 2009 a 2010).
  • 10- Luiz Carlos Marins – 275 jogos (zagueiro; 1990 a 1996)

Levantamento do historiador Carlos Paiva

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