O Ministério Público de Milão investiga 20 suspeitos de envolvimento com pôquer em sites ilegais. A informação é do jornal italiano “Corriere della Sera”. Entre os investigados estão os argentinos campeões do mundo Ángel di María, de 37 anos, e Leandro Paredes, de 30, que na época dos fatos eram atletas da Juventus.
O caso de apostas em plataformas ilegais já levou às longas suspensões dos jogadores italianos Sandro Tonali e Nicolo Fagioli.
Segundo as agências de notícias Ansa e AGI, 12 novos atletas estão sendo investigados por terem utilizado plataformas clandestinas entre dezembro de 2021 e outubro de 2023 para apostar em esportes diversos, sobretudo pôquer.
Dois nomes já haviam sido mencionados em 2023, quando o caso foi divulgado: Alessandro Florenzi (Milan) e Nicolò Zaniolo (Fiorentina).
Após a análise dos celulares de Tonali e Fagioli e suas audiências, vários jogadores e ex-atletas da Juventus estão sendo investigados, incluindo Weston McKennie e Mattia Perin, Di María e Paredes, bem como Raoul Bellanova (Atalanta) e Samuele Ricci (Torino). O tenista Matteo Gigante também faz parte da lista, assim como suspeitos que não são atletas.
Eles podem ser multados em 250 euros (R$ 1.619, na cotação atual) e também podem enfrentar processos disciplinares da Federação Italiana de Futebol (FIGC).
Tonali, que joga pelo Newcastle, e Fagioli, da Juventus na época e agora com a camisa da Fiorentina, receberam suspensões de 10 e sete meses, respectivamente, em outubro de 2023, que já cumpriram.
A Justiça, no entanto, não confirmou os nomes dos jogadores que estão sendo investigados atualmente.
Campeão do mundo com a Argentina no Catar 2022, Di María agora joga no Benfica, enquanto Paredes veste a camisa da Roma.
Pôquer on-line
De acordo com a reportagem do Corriere della Sera, os atletas participaram de jogos não autorizados na Itália pela Agência das Alfândegas e dos Monopólios, entre 2021 e 2023, em especial jogos de pôquer on-line.
A indicação é de que os organizadores criavam salas fechadas, protegidas por senha, e decidiam quem podia jogar.
Segundo a investigação citada pelo jornal italiano, os atletas entravam não jogavam por dinheiro, mas os pagamentos à plataforma eram feitos por uma relojoaria onde eles compravam o relógio da luxuosa marca “Rolex”.
