O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) recomendou nesta segunda-feira (4/3) o banimento das torcidas organizadas Galoucura, do Atlético, e Máfia Azul, do Cruzeiro, por dois anos. A decisão do órgão se deu após o conflito que resultou na morte de um torcedor por arma de fogo em Belo Horizonte, no último sábado (2/3).
De acordo com a recomendação do MPMG, as organizadas dos dois clubes mineiros estão proibidas de frequentar estádios no território nacional. Elas terão que respeitar um raio de cinco mil metros nos entornos das praças esportivas em dias de jogos de Atlético e Cruzeiro por quaisquer competições.
A Galoucura, que retornou de punição de um ano, seguida de outra de três meses, em 2022 e 2023, está banida temporariamente até 4 de março de 2026. Já a Máfia Azul, que havia sido banida temporariamente até março de 2026, cumprirá o novo banimento entre 15 de março de 2026 e 15 de março de 2028.
“O banimento temporário consistirá na proibição do uso, porte e exibição de qualquer vestimenta, faixa, bandeira, instrumento musical ou qualquer objeto que possa caracterizar a presença da torcida nos estádios ou seus respectivos entornos nos dias de jogos”.
– Ministério Público de Minas Gerais (MPMG)
Para que o banimento passa a vigorar, a Federação Mineira de Futebol (FMF) precisa ratificar à decisão. A decisão também deve ser publicada no site da entidade e da Confederação Brasileira de Futebol.
Conflito com morte em BH
Um confronto entre torcedores de Atlético e Cruzeiro em Belo Horizonte, no último sábado (2/3), terminou com uma pessoa morta a tiros. Outras duas também foram baleadas e uma quarta vítima também se feriu ao tentar socorrer as outras atingidas.
As torcidas se encontraram na Rua Arquiteto Morandi, na esquina com a Avenida Tereza Cristina, na Região do Barreiro, ao se encaminharem para seus respectivos jogos pela oitava rodada do Campeonato Mineiro. Na ocasião, o Atlético enfrentou o Ipatinga, na Arena MRV, no Califórnia, e o Cruzeiro encarou o Uberlândia, no Mineirão, na Pampulha.
Três pessoas foram alvejadas por tiros. O cruzeirense e entregador de aplicativos Lucas Elias, de 28 anos, morreu enquanto era levado para o Hospital Santa Rita, no bairro Jardim Industrial, em Contagem. Ele morava com a esposa e a filha de dois anos.
