CRUZEIRO

De quem é a culpa? Larcamón analisa derrota do Cruzeiro para o Atlético

Técnico do Cruzeiro, Nicolás Larcamón falou sobre o percentual de responsabilidade na derrota por 3 a 1 para o Atlético, na final do Mineiro
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A tarde de domingo (7/4) terminou de forma melancólica para Nicolás Larcamón. De virada, o Cruzeiro perdeu por 3 a 1 para o Atlético e deixou o troféu do Campeonato Mineiro escapar das próprias mãos. Após a derrota, o técnico celeste foi alvo de xingamentos no Mineirão. Em entrevista, ele assumiu a culpa pela perda do título.

Quando o jogo acabou, os torcedores do Cruzeiro direcionaram parte dos cânticos contra Nico. Do gramado era possível ouvir os gritos de “burro” que vinham das arquibancadas. Nas redes sociais, as críticas não foram mais amenas. O nome do treinador ficou em alta no Twitter e ele foi apontado por muitos cruzeirenses como o responsável pela derrota.

“Difícil falar de porcentagem (da minha da culpa), não é matemático. Somos uma equipe. É um dia ruim para falar disso. O torcedor tinha a expectativa de desfrutar essa coroação, mas é um momento de assumir todos juntos. Sinto que construímos um caminho ideal para chegarmos ao jogo de hoje. O momento é de assumir, me responsabilizar. Tenho claro para mim que sou o principal responsável. Agora é momento de sustentar o grupo e a convicção (do meu trabalho)”

Larcamón, técnico do Cruzeiro

Nico fala sobre mudança após gol de Mateus Vital

No início do segundo tempo, o Cruzeiro estava à frente no placar. Minutos após o gol, Larcamón promoveu uma mudança que mexeu na estrutura do time. Ele tirou o meia Mateus Vital, que havia balançado a rede, e colocou em campo o zagueiro João Marcelo.

“A decisão era sustentar o momento emocional após o gol, em que o Atlético se abriu muito para descontar. Infelizmente, não nos controlamos defensivamente e sofremos um gol. Tenho que me responsabilizar, essa mudança não saiu como eu desejava. É assumir. Fizemos um grande Mineiro, mas não vencemos. Dói muito em mim, nos atletas. Na quinta, temos que trabalhar para ganhar”, avaliou Nico.

Larcamón manda recado à torcida do Cruzeiro

“Se eu tenho que falar alguma coisa para a torcida, é agradecer. Agradecer mesmo, porque o contexto (da final) foi espetacular. É algo próprio da história gigante que tem esse clube e sinto por não estar celebrar com esses (quase) 62 mil torcedores. Dói muito, mas temos que seguir”, disse o treinador, citando o recorde público do novo Mineirão.

A derrota para o Atlético foi assistida in loco por 61,582 torcedores celestes. Esse é o maior número de pessoas em uma partida no estádio desde 2013, quando ele foi reinaugurado. Na época, o Gigante da Pampulha ficou três em reformas para a Copa do Mundo de 2014.

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