Mesmo diante de um cenário nada promissor na Copa Sul-Americana, já que o Cruzeiro não briga mais por classificação, a torcida marcou presença no Mineirão, em Belo Horizonte, nesta quarta-feira (28/5), para acompanhar o último compromisso da equipe no torneio, contra o Unión-ARG. Ao No Ataque, alguns fãs da Raposa explicaram a ida ao jogo sem muito valor esportivo.
Pouco antes do confronto, que nada vale para nenhuma das equipes, o Cruzeiro informou que havia vendido 17 mil ingressos. O No Ataque ouviu sete torcedores. Há uma justificativa comum entre todos: o amor pela instituição, independentemente do contexto da partida. Para alguns, também é a oportunidade de levar e encontrar a família no Gigante da Pampulha.
Torcida do Cruzeiro no Mineirão
Wemerson Rodrigues, de 39 anos, publicitário: “Vim ao jogo do Cruzeiro porque, primeiro, é o Cruzeiro em campo, então já é motivo de vir. E vim trazer meus meninos para poder curtirem o Cruzeiro. Jogo mais tranquilo para crianças é muito bom. Em jogos mais tranquilos, sim (tenho costume de trazê-los), nos mais cheios, evito pela questão da violência”.
Guilherme Marques, de 19 anos, estudante: “Vim aqui para apoiar o Cruzeiro independentemente do jogo, sem motivo específico, já eliminado da Sul-Americana. Mas apoiar o time, independentemente do jogo. A gente vem pelo escudo, apoiar os jogadores que não estão vindo numa boa fase, os reservas também, sempre presentes”.
Lucas Fiuza, de 28 anos, lojista: “Cruzeirão cabuloso, nós estaremos sempre presentes, independentemente da situação. Estamos sempre apoiando. Cruzeiro sempre. E já vou falar o placar: 3 a 0 para nós, fora o baile”.
Ana Luiza Terra, de 31 anos, servidora pública: “Evento em família, Cruzeiro em família é sempre bom. Tem mais família aí dentro (do Mineirão), então a gente vai se encontrar”.
Aurélio Terra, de 64 anos, aposentado: “Ver o Cabuloso ganhar mais uma vez e manter a invencibilidade”.
Júlia Fanzi, de 31 anos, auxiliar industrial: “Sem dúvidas torcer para o Cruzeiro, é a paixão que a gente trás de berço. Criançada vem, filhos, passa de geração para geração, vem do meu pai, esposo, família toda torce. Então, independentemente se vai cumprir tabela ou não, sempre torcer pela paixão, que é o Cruzeiro. Hoje trouxe o menor e a mais velha”.
Miguel Bertoldo, de 19 anos, estudante: “Estou presente porque sou viciado nesse time e em vir aqui. É onde gasto todo meu dinheiro e é toda a minha felicidade. Jamais (tive dúvida que viria) porque, apesar de não ter valor esportivo, toda vitória é vitória, acrescenta para o grupo, dá confianaç, ainda mais para jogadores como Walace, Lautaro, que não estão presentes em campo e podem adquirir confiança. O trabalho da torcida de apoiá-los durante esses jogos ajuda no processo de confiança. O Walace nós sabemos que não está jogando tão bem, e essa ajuda nossa pode ajudá-lo a recuperar o futebol que ele já teve”.
Calendário do Cruzeiro
Diante de mais de 20 mil torcedores no Mineirão, Cruzeiro e Unión se despediram da Copa Sul-Americana com empate por 0 a 0. Já eliminadas, as equipes de Minas Gerais e da Argentina somaram, respectivamente, cinco e quatro pontos. O Mushuc Runa, do Equador, liderou o grupo, com 16, seguido do Palestino, do Chile, segundo colocado, com nove.
Sem a Sul-Americana no calendário, o Cruzeiro volta a campo neste domingo (1º/6), quando recebe o Palmeiras, no Mineirão, às 19h30, pela 11ª rodada do Campeonato Brasileiro. A equipe celeste faz boa campanha na Série A – está na terceira posição, com 20 pontos (seis vitórias, dois empates e duas derrotas).
Antes da pausa no calendário nacional para a Copa do Mundo de Clubes, a Raposa visita o Vitória, no Barradão, em 12 de junho (quinta-feira), às 19h, pela 12ª rodada.
O Cruzeiro também está garantido nas oitavas da Copa do Brasil, prevista para os dias 30 de julho e 6 de agosto. Ainda não sabe o adversário – pode ser qualquer um dos outros 15 classificados. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) sorteará os duelos na próxima segunda-feira, 2 de junho, às 15h30.
