COPA LIBERTADORES

Jogadores do Atlético e Milito opinam sobre duelo sem torcida contra o Rosario Central

Rosario Central terá de cumprir punição da CONMEBOL e, por isso, jogará sem torcida contra o Atlético na Libertadores; jogadores opinaram
Foto do autor
Foto do autor
Compartilhe

O Atlético se prepara para o quarto compromisso na Copa Libertadores de 2024. A um empate de garantir classificação às oitavas de final, o Galo terá pela frente um velho conhecido: o Rosario Central, da Argentina. O duelo será disputado no Estádio Gigante de Arroyito, em Rosario, sem torcida. Em 23 de abril, após vitória do time alvinegro sobre o Peñarol na terceira rodada do torneio continental, jogadores e o técnico Gabriel Milito opinaram sobre o embate.

Em 23 de abril, a CONMEBOL definiu que o Rosario Central jogaria sem torcida contra o Atlético pelo Grupo G da Copa Libertadores. A punição se deu em decorrência das cenas de violência protagonizadas entre torcedores do clube argentino e torcedores do Peñarol, do Uruguai, no confronto entre as equipes no Gigante de Arroyito, em 4 de abril.

Naquela ocasião, houve briga generalizada atrás de um dos gols do estádio. Torcedores do Rosario Central tentaram, inclusive, atirar cercas de proteção em direção aos adeptos do Peñarol.

Além disso, Maximiliano Olivera, do Peñarol, foi atingido por uma pedra que saiu das arquibancadas da torcida dos donos da casa. O ataque feriu o rosto do jogador, que até quis reagir, mas foi guiado pelos companheiros de clube enquanto sangrava.

Jogadores do Atlético opinam

Na zona mista após a vitória do Atlético sobre o Peñarol (3 a 2) na Arena MRV, jogadores do Atlético tomaram conhecimento da punição aplicada ao Rosario Central e opinaram sobre. Igor Rabello e Hulk lamentaram a situação e revelaram preferência por partidas com torcida.

“Particularmente, eu gosto de torcida. Gosto de ambiente com torcida. Não importa se é a do adversário. Mas assim, claro que seria uma força para eles ter a torcida. Eles não vão ter. Então, fica mais… Como vou dizer… Um pouco mais tranquilo o ambiente para a gente jogar tranquilo”, analisou o zagueiro.

“Eu gosto de jogar com torcida, mesmo que seja torcida adversária. A atmosfera é diferente, é melhor. Mas enfim, a concentração tem que estar a mil para a gente fazer um grande jogo e voltar com os três pontos, se Deus quiser”, opinou o atacante.

O lateral-esquerdo Guilherme Arana classificou como “mais do que justa” a punição aos torcedores do Rosario Central e comemorou o alívio de pressão, mas também lamentou o episódio.

“Na questão de jogar sem torcida, é bom pela pressão que é jogar lá na Argentina. Mas também a gente sente um pouco, porque o futebol é do povo, é do público. Mas pelo que aconteceu, está mais que justo a torcida deles ter essa penalidade”, avaliou o defensor.

Guilherme Arana, lateral-esquerdo do Atlético, na zona mista da Arena MRV - (foto: Samuel Resende/No Ataque)
Guilherme Arana, lateral-esquerdo do Atlético, na zona mista da Arena MRV(foto: Samuel Resende/No Ataque)

Argentino revelado pelo Racing, o meio-campista Zaracho minimizou e preferiu não opinar sobre a punição. “Já sabia que ia ser sem torcida. (…) Não temos que relaxar. Temos que seguir brigando, porque o objetivo é ficar no primeiro lugar. Fazer as coisas bem para depois poder definir as coisas aqui”, disse.

Por fim, o volante Rodrigo Battaglia, que teve curta passagem pelo Rosario Central em 2016, avaliou positivamente o duelo sem torcida. “Conheço muito bem a torcida deles. É muito boa. Não vai ter torcida? Já saiu? É melhor para nós, né? Porque a torcida deles mete muita pressão, como a nossa mete aqui [na Arena MRV]. Pronto. Consequência na Libertadores”, afirmou.

Milito “esquece” fator torcida e foca no jogo

Gabriel Milito fez elogios aos torcedores do Rosario Central, mas preferiu não concentrar atenções no fator arquibancada. O argentino pregou foco na análise do jogo e no convencimento dos atletas do Galo sobre como atuar na Argentina.

“O jogo com o Rosario Central vai ser muito parecido com o jogo daqui [de Belo Horizonte]. Muito disputado. É o último campeão do futebol argentino. Vantagem ou não [sem torcida], não sabemos até que comece o jogo. Sei disso porque joguei como atleta e dirigi equipes em Rosário. Quando esse campo está cheio, você sente muito. É um jogo de 11 contra 11, e a torcida há momentos em que não joga”, analisou.

“Se vamos com a segurança de como competir e como jogar a partida, teremos opções. Respeitando o rival, sabendo que é um time muito forte. Mas não considero vantagem ou desvantagem jogar com ou sem público. Gosto muito mais de analisar o jogo. Essa é a minha tarefa. E convencer os jogadores de que maneira vamos jogar. Nada mais”, encerrou.

Pela quarta rodada do Grupo G da Copa Libertadores, Rosario Central e Atlético se enfrentam nessa terça-feira (7/5), a partir das 19h, no Gigante de Arroyito. O Galo depende de um empate para assegurar classificação às oitavas de final do principal torneio do continente.

Compartilhe