O No Ataque registrou cena inusitada em Buenos Aires nesta quarta-feira (27/11): um torcedor do Flamengo vestido com a camisa do Atlético – um dos maiores rivais interestaduais do rubro-negro – para zoar a esposa botafoguense às vésperas da final da Copa Libertadores, que será disputada no Estádio Monumental de Núñez, na capital argentina, no sábado (30/11), às 17h, entre Galo e Glorioso.
João Marcelo, de 50 anos, e Rita Lima, de 53, moram no Rio de Janeiro e tiraram férias para passar a semana na cidade portenha e acompanhar a decisão internacional. Ela torce para o Botafogo e quer ver o seu time ser campeão da Libertadores pela primeira vez, vai ao jogo apenas para acompanhá-la, porque o Flamengo não está envolvido na final.
João, no entanto, se recusa a torcer pelo alvinegro carioca, um dos maiores rivais do rubro-negro, e está tão decidido a torcer pelo Atlético na decisão que até comprou camisa do clube mineiro.
“Eu sou carioca, flamenguista, minha esposa é botafoguense, vim acompanhá-la na final, mas não tem como torcer pelo Botafogo. Então, comprei a camisa do Atlético, porque vou torcer pelo Galo, contra o Botafogo. Independente se é de Minas ou do Rio de Janeiro, o que vale é o futebol, viemos tirar férias, se divertir, mas vestir a camisa do Botafogo não dá não”, disse, em entrevista ao No Ataque.
Rita contou à reportagem que “não liga” para a provocação do marido, já que está confiante no título do Glorioso: para ela, o time carioca vencerá o Galo por 2 a 0, com gols dos atacantes Luiz Henrique e Jefferson Savarino.
Rivalidade entre Atlético e Flamengo
Atlético e Flamengo têm rivalidade histórica que se iniciou na década de 1980. Em 1980, os times se enfrentaram na final do Campeonato Brasileiro, em confronto repleto de reclamações mineiras sobre a arbitragem. O rubro-negro sagrou-se campeão.
No ano seguinte, as equipes voltaram a protagonizar embate tenso, dessa vez pela Copa Libertadores, em embate que foi vencido pelo time carioca graças a um polêmico WO – cinco jogadores alvinegros foram expulsos ainda no primeiro tempo pelo árbitro José Roberto Wright.
Para João Marcelo, no entanto, “não existe rivalidade”: “É uma história antiga de arbitragem, teve a eliminação agora (se refere à vitória do Flamengo sobre o Galo na final da Copa do Brasil). Já morei em Belo Horizonte, trabalho em BH, o que vale aqui é o futebol, não pode ter violência”.