CASO DANIEL ALVES

Ministério Público pede proteção à privacidade de mulher que acusa Daniel Alves

Pedido foi feito após mãe de Daniel Alves compartilhar um vídeo que poderia indicar identidade da mulher, o que é proibido pela Justiça
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O Ministério Público da Espanha enviou pedido ao tribunal responsável pelo caso Daniel Alves, acusado de agressão sexual, para que a identidade e privacidade da jovem, suposta vítima, seja preservada e protegida. O julgamento está marcado para o próximo 5 de fevereiro, em Barcelona.

Se o pedido for acatado, a jovem poderá depor em outra sala ou separada por um biombo, e com meios para distorcer a voz. O pedido visa proteger a mulher e evitar “dupla vitimização” durante o processo, conforme o As, da Espanha.

O pedido surgiu após a mãe do ex-jogador, Lucía Alves, ter compartilhado um vídeo editado em suas redes sociais com músicas e comentários em que a jovem aparece curtindo e comemorando com seus amigos e familiares. Algumas imagens teriam sido replicadas das redes sociais da mulher, dando indícios de sua identidade, o que é proibido pela Justiça espanhola.

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A advogada do caso, Ester García, que defende a mulher que acusa o atleta de estupro, em dezembro de 2022, apresentou queixa contra a mãe do atleta.

Da mesma forma, García já solicitou ao tribunal que a declaração da jovem seja feita com o respeito pela sua privacidade e tentando evitar o assédio midiático. Além disso, segundo o As, da Espanha, o Ministério Público estuda se a divulgação das imagens feitas pela mãe de Daniel Alves constitui crime.

Relembre o caso Daniel Alves

O lateral está preso desde o último 20 de janeiro. Ele á acusado de agressão sexual contra uma jovem de 23 anos, no fim de dezembro. A Justiça ordenou a prisão após depoimentos contraditórios do jogador brasileiro.

Na última vez que falou, Daniel Alves reconheceu que teve relações sexuais de forma consensual. No entanto, revelou que mentiu para preservar seu casamento.

Daniel Alves mudou de advogado. Cristóbal Martell, que era seu advogado, uma das referências na Espanha, abandonou o caso. Martell, inclusive, disse que deixou a causa por acreditar que o resultado não será positivo. A nova defensora, Inés Guardiola, é uma jovem de 35 anos e especialista em violência sexual.

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