A mulher albanesa que foi vítima de estupro coletivo na Itália em 2013, pelo qual Robinho foi condenado a nove anos de prisão, entrou na faculdade e se formou em Direito. Ela é advogada e pretende ajudar outras vítimas de crimes sexuais.
“Mulheres, denunciem, não tenham medo de seus agressores, porque diante de cada agressor há outras dez pessoas boas prontas a te ajudar: um amigo, um familiar, um policial competente, um juiz, mas, sobretudo, a Justiça”, disse a vítima, em entrevista ao UOL, em julho do ano passado.
O advogado da albanesa, Jacopo Gnocchi, disse à TV Globo como ela recebeu a informação da prisão de Robinho no Brasil.
“Foi um momento muito forte porque foi como reabrir uma ferida, porque ela viu que, após 10 anos, a pessoa que a violentou foi finalmente para a prisão. Foi um momento psicologicamente muito forte, mas positivo”, afirmou.
Condenação de Robinho
Robinho cumpre pena de nove anos de reclusão por estuprar uma mulher albanesa na Itália, em 2013. À época, o atacante jogava pelo Milan.
A Justiça da Itália condenou Robinho em última instância – isto é, sem possibilidade de novos recursos – pelo Tribunal de Milão em janeiro de 2022. O jogador forçou uma mulher a ter relações sexuais com ele e outros cinco homens há 11 anos, na boate Sio Café.
Quando recebeu a condenação por estupro coletivo, Robinho residia no Brasil. Como o país não extradita brasileiros natos, ele permaneceu em liberdade. Contudo, em fevereiro de 2023, a Justiça da Itália fez pedido de homologação da sentença – ou seja, solicitou que o ex-atleta cumprisse a pena pelo crime em solo brasileiro.
No dia 20 de março, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que Robinho cumprirá a pena no Brasil. No dia seguinte, o ministro do STF, Luiz Fux, negou o pedido de habeas corpus feito pela defesa do ex-jogador minutos antes da prisão definitiva.