Ex-atacante de Atlético, Santos, Real Madrid, Milan e Seleção Brasileira e dono de fortuna estimada em R$ 100 milhões, Robinho tem se acostumado com nova vida nos últimos meses. Ele está preso na Penitenciária de Tremembé, no interior de São Paulo, desde o final de março, quando o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) autorizou que ele cumprisse no Brasil a pena de nove anos de prisão imposta na Itália, por estupro coletivo de mulher albanesa em 2013.
Na cadeia, o ex-jogador está fazendo curso de “Eletrônica Básica, Rádio e TV”, oferecido pelo Instituto Universal Brasileiro (IUB), com duração total de 600 horas. O programa ensina detentos a consertar eletrodomésticos, como aparelhos de televisão e de rádio.
“É difícil dizer se ele está gostando ou não, mas está o ajudando a passar o tempo”, contou o empresário de Robinho, Mario Rosso Vale, ao tabloide britânico The Sun.
Curso pode ajudar Robinho a reduzir pena
A cada 12 horas de trabalho ou frequência escolar completadas pelo presidiário, a pena dele pode ser reduzida em um dia, de acordo com a Lei de Execuções Penais.
“O ex-jogador adquiriu a apostila do curso e, ao final dos estudos, será aplicado um questionário de avaliação. Se aprovado, ele recebe um certificado de conclusão, que poderá ser usado para solicitar a redução de pena”, explica reportagem do g1.
Robinho ainda tenta uma vaga na Fundação Prof. Dr. Manoel Pedro Pimental (Funap), que emprega presidiários em oficinas de trabalho. Esse seria, inclusive, o mesmo caminho que presos como Alexandre Nardoni e Suzane Richthofen trilharam para reduzir a pena.
Futebol e clube de leitura
Robinho não está afastado do futebol dentro do presídio. Ele ganhou chuteiras dos companheiros de prisão e pratica o esporte durante o tempo de recreação e banho de sol.
O ex-jogador também se inscreveu como voluntário para dirigir programa de leitura que oferece 500 livros por mês aos presidiários.
Condenação de Robinho
Robinho cumpre pena de nove anos de reclusão por estuprar uma mulher albanesa na Itália, em 2013. À época, o atacante jogava pelo Milan.
A Justiça da Itália condenou Robinho em última instância – isto é, sem possibilidade de novos recursos – pelo Tribunal de Milão em janeiro de 2022. O jogador forçou uma mulher a ter relações sexuais com ele e outros cinco homens há 11 anos, na boate Sio Café.
Quando recebeu a condenação por estupro coletivo, Robinho residia no Brasil. Como o país não extradita brasileiros natos, ele permaneceu em liberdade. Contudo, em fevereiro de 2023, a Justiça da Itália fez pedido de homologação da sentença – ou seja, solicitou que o ex-atleta cumprisse a pena pelo crime em solo brasileiro.
No dia 20 de março, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que Robinho cumprirá a pena no Brasil. No dia seguinte, o ministro do STF, Luiz Fux, negou o pedido de habeas corpus feito pela defesa do ex-jogador minutos antes da prisão definitiva.
