O jornalista Breiller Pires, da ESPN, disparou contra dirigentes de Atlético e Cruzeiro e disse que o futebol mineiro é administrado de uma forma “provinciana”, o que atrapalha o desenvolvimento dos times do estado.
Breiller criticou a fato de Rubens Menin e Pedro Loureço terem colocado os filhos para participar da administração das SAFs de Galo e Raposa.
“Tanto em Atlético quanto em Cruzeiro, pelo fato de os caras serem de lá, todo mundo acha que a chegada de pessoas bem-sucedidas em seus ramos de negócios agora no futebol é só apertar o botão, colocar dinheiro e vai funcionar automaticamente. E tanto o Pedrinho quanto o Menin, os 4Rs no Atlético, são muito sensíveis à opinião pública e ao que as pessoas ao redor dizem. O Pedrinho, quando solta aquele áudio lá que acaba culminando na saída do Seabra, é porque é muito suscetível à crítica. Mas o Pedrinho não é o único. Do lado do Atlético, a mesma coisa com os Menin, o Ricardo Guimarães, são pessoas que têm um ego inflado e que muitas vezes não sabem lidar com esse provincianismo, que é tão prejudicial ao futebol mineiro”, disse.
“É um provincianismo de achar que é só… ‘Ah não, coloca alguém da família aqui que vai dar certo’. E, no Atlético, acontece, porque o Rubens tem o filho, o Rafael, tomando conta da SAF do Galo. No Cruzeiro, o Pedrinho, a primeira coisa que fez ao se tornar dono, colocou o filho lá para trabalhar junto com o Alexandre Mattos. Gente, isso aí é um atestado de amadorismo”, acrescentou.
Fernando Diniz no Cruzeiro
Breiller Pires disse que o desabafo de Fernando Diniz após a vitória do Cruzeiro sobre o Juventude, por 1 a 0, na última rodada do Campeonato Brasileiro foi uma cobrança de profissionalismo.
“Não adianta nada colocar caras que têm dinheiro para tomar conta se eles não têm visão de futebol. E o Fernando Diniz dá um grito por profissionalismo. Até pode ser que a coisa mais útil que o Fernando Diniz fez no Cruzeiro foi passar esse recado porque acorda o torcedor e vai gerar uma cobrança em cima de um cara que está achando: ‘Nossa, o meu brinquedo aqui, mais um negócio’. E o Cruzeiro não é mais um negócio”.