Novo recorde no futebol feminino! O Arsenal abriu os cofres e desembolsou 1 milhão de libras (R$ 7,4 milhões na cotação atual) para contar com a atacante canadense Olivia Smith, que estava no Liverpool. A marca entra para o topo da lista de contratações mais caras e fortalece o mercado da modalidade, que tem superado investimentos ano a ano.
A jogadora de 20 anos tem se destacado dentro de campo. Apesar de não ter levantado taças pelos clubes que passou, foi coroada com premiações individuais. Em 2019 e 2024, foi eleita a melhor atleta jovem do Canadá. Na temporada 2023/2024, ganhou o prêmio de revelação da Liga Portuguesa, quando defendia o Sporting.
Ano passado, no Liverpool, em 25 jogos, Olivia marcou nove gols. Não demorou para que chamasse a atenção do rival Arsenal. O time já faz parte de uma das ligas mais relevantes da modalidade e tem escalonado cada vez mais dentro de campo: foi campeão da Champions League Feminina deste ano.
O reforço foi à altura do que as Gunners procuram para seguir como destaque na Europa. A negociação por Olivia superou o recorde antes estabelecido pela zagueira norte-americana Naomi Girma, que foi vendida pelo San Diego Wave ao Chelsea por 1,098 milhão de dólares (R$ 6,4 milhões na cotação da época), em janeiro deste ano.
Vendas mais altas no Brasil
No Brasil, as vendas diretas para o exterior ainda são uma novidade entre os clubes emergentes, já que o cenário do futebol de mulheres no país tem sido impulsionado cada vez mais. Com maior visibilidade e rodeadas de investimentos e qualidade de estrutura, as atletas têm tido uma vitrine poderosa.
Da lista das vendas mais altas, duas brasileiras ocupam posições relevantes. Em setembro de 2024, o Inter oficializou a negociação da atacante Priscila com o América do México, por R$ 2,8 milhões. Foi a maior transferência da história do futebol feminino brasileiro.
No ranking geral, ela aparece em sexto. A atacante foi medalhista de prata com a Seleção nos Jogos Olímpicos de Paris 2024.
Outra jogadora da Seleção que foi vendida por valor milionário foi a zagueira Tarciane. Ela saiu do Corinthians para o Houston Dash, dos Estados Unidos, em abril de 2024, por R$ 2,59 milhões – o segundo maior valor do Brasil e o nono geral.
Em Minas, clubes como América e Cruzeiro realizaram as primeiras vendas recentemente. O Coelho negociou a lateral Sarah Emily, de 16 anos, com a Ferroviária em fevereiro deste ano. Contudo, os valores não foram divulgados.
Já a Raposa vendeu a volante Rebeca, de 19 anos, para o Houston Dash. O negócio girou em torno de 170 mil dólares (cerca de R$ 1 milhão).
Brasileira mais valiosa
A brasileira mais valiosa da lista é a atacante Adriana, que deixou o Orlando Pride, dos Estados Unidos, e foi vendida ao Al-Qadsiah, equipe da Arábia Saudita, em janeiro deste ano.
A transferência no valor de 500 mil dólares (R$ 2,947 milhões na cotação da época) colocou a jogadora em quinto no ranking geral. Antes de sair do Brasil, Adriana passou por Flamengo-PI, Tiradentes, Rio Preto e Corinthians.
As vendas mais altas do futebol feminino
- Olivia Smith (Do Liverpool para o Arsenal) – R$ 7,4 milhões (1 milhão de libras)
- Naomi Girma (Do San Diego Wave para o Chelsea) – R$ 6,4 milhões (1,098 milhão de dólares)
- Racheal Kundananji (Do Madrid CFF para o Bay FC) – R$ 4,4 milhões (805 mil euros)
- Barbra Banda (Do Shanghai Shengli para o Orlando Pride) – R$ 3,8 milhões (681 mil euros)
- Adriana (Do Orlando Pride para o Al-Qadsiah) – R$ 2,9 milhões (500 mil dólares)
- Priscila (Do Inter para o América do México) – R$ 2,8 milhões (453 mil euros)
- Mayra Ramírez Do (Levante para o Chelsea) – R$ 2,7 milhões (500 mil euros)
- Keira Walsh (Do Manchester City para o Barcelona) – R$ 2,67 milhões (470 mil euros)
- Tarciane (Do Corinthians para o Houst Dash) – R$ 2,59 milhões (465 mil euros)
- Lena Oberdof (Do Wolfsburg para o Bayern de Munique) – R$ 2,4 milhões (450 mil euros)
* os valores das vendas correspondem a cotação da época em que as transferências foram feitas pelos clubes